Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
DIREITOS HUMANOS
CONTAG participa de audiência promovida pela CDH para debater recomendações da ONU sobre populações rurais
WhatsApp

06 de Outubro de 2021



TEMAS RELACIONADOS:
Comissão de Direitos Humanos
Contag
desigualdade
desigualdade de gênero
direitos humanos
pobreza
populações rurais

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados realizou mais uma audiência pública para discutir as recomendações recebidas pelo Brasil no âmbito da Revisão Periódica Universal (RPU). O foco da audiência desta quarta-feira (06) foi direcionado às populações rurais. A CONTAG foi uma das organizações convidadas a contribuir com o debate.

A RPU é um mecanismo da Organização das Nações Unidas (ONU) de avaliação da situação dos direitos humanos nos 193 países que a integram. Por meio da RPU, os países se avaliam mutuamente e produzem um conjunto de recomendações.

Segundo informações divulgadas pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, em 2017, o Brasil passou pelo terceiro ciclo de avaliação e recebeu 246 recomendações, das quais aceitou voluntariamente 242.

O monitoramento dessas recomendações é feito pelo Observatório Parlamentar no âmbito da Comissão de Direitos Humanos, criado em 2019 a partir de parceria firmada entre a Câmara dos Deputados e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos. A parceria foi renovada em 2020 para vigência por mais um ano, contado a partir de fevereiro de 2021.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Carlos Veras (PT-PE), tem proposto debates para avaliar a situação dos direitos humanos no Brasil em várias áreas. Entre as recomendações que serão analisadas desta vez, estão o desenvolvimento de uma estratégia nacional para lidar com a escravidão moderna, incluindo a intensificação de esforços para proteger trabalhadores(as) rurais e mulheres em risco de tráfico; implementar medidas para combater a pobreza e a desigualdade social através de planos de desenvolvimento rural que envolvam grupos vulneráveis, particularmente as mulheres da zona rural; aumentar os investimentos em infraestrutura educacional e elevar o nível da educação nas áreas rurais; e ampliar o programa "Mulher, Viver sem Violência", prestando atenção particular às mulheres e meninas que residem em áreas rurais e de ascendência afro-brasileira.

O secretário de Política Agrária da CONTAG, Alair Luiz dos Santos, destacou várias frentes de luta da CONTAG que têm relação com a garantia dos direitos humanos, a exemplo da luta pela terra, pela vida, pela produção de alimentos saudáveis, entre outras. “Estamos em uma forte campanha contra os projetos de lei em tramitação que visam regularizar a grilagem de terras. Também defendemos a vida denunciando o aumento da violência no campo em todo o País, comandado pelo agronegócio, por grileiros, madeireiros, entre outros grupos. E estamos trabalhando contra a transferência de terras da União para os governos estaduais. Existem milhares de famílias morando e trabalhando nessas terras, o que pode ocorrer o aumento da grilagem e da expulsão de famílias dessas terras.”

O dirigente disse, ainda, que a CONTAG está atenta ao aumento do uso de agrotóxicos nas áreas rurais. “Seja por pulverização aérea ou de outras formas que vêm envenenando as famílias, os alimentos e as águas. Por fim, estamos trabalhando para a derrubada do veto ao PL 823, pois a agricultura familiar está precisando com urgência dessas medidas de socorro para enfrentar os efeitos da pandemia. É imprescindível que o Congresso Nacional derrube o veto”, reforçou o pedido.

A secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora geral da 6ª Marcha das Margaridas, Mazé Morais, também contribuiu com o debate apresentando algumas preocupações quanto ao conteúdo do relatório, principalmente no diz respeito aos impactos na vida das mulheres. “Causou imensa preocupação ao nos deparar com os dados do relatório. O Estado brasileiro não cumpriu nenhuma das 12 recomendações relacionadas aos ODS e das cinco sobre igualdade de gênero, principalmente as que tratam da erradicação da pobreza e da fome, e da agricultura sustentável, que impactam principalmente na vida das mulheres. E são justamente as mulheres que vêm protagonizando no Brasil a construção de uma agricultura sustentável através da agroecologia”, pontuou.

Mazé completou a avaliação reforçando alguns pontos que ficam evidentes ao ler o relatório: “a alta concentração de serviços especializados e de organismos governamentais de políticas para as mulheres nos municípios mais populosos; a fragilidade de rede de atendimento para as mulheres que habitam em municípios rurais; e redução na proposta de orçamento e de recursos públicos somados ao isolamento geográfico e à falta de acesso aos meios de comunicação e informação, à precariedade de infraestrutura e de serviços públicos que nos levam à conclusão de que o Estado brasileiro ignora a violência contra as mulheres do campo, da floresta e das águas.”

Representando a Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), Carlos Eduardo Chaves Silva, lembrou que o Brasil tem um Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, que foi construído por vários atores sociais presentes inclusive nessa audiência. “O Plano foi paralisado em 2017 e desde então estamos passando por retrocessos, como cortes de orçamento para fiscalização. Temos ferramentas bem modernas de avaliação de trabalho escravo e estão sofrendo ataques, a exemplo da lista suja. É importante defender o Plano que temos. Estamos preocupados com essa agenda em curso no país que está acarretando no aumento da pobreza e da desigualdade, aumento da informalidade que já era alta no campo. A média nacional no campo era de 60% de informalidade, chegando em alguns estados a ser de 90%”, alertou.

A audiência pública também contou com a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) do Brasil; do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) no Brasil; da Procuradora Regional da República e Ministério Público Federal (MPF); da Defensoria Pública Federal (DPU); da Comissão Pastoral da Terra (CPT); da Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (ANAB); da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA); do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST); da Via Campesina; da Terra de Direitos; do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), entre outras organizações. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico