Mulheres do campo, da floresta e das águas de todo o Brasil se reunirão, nos dias 14 a 16 de outubro, na 8ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares.
O momento será fundamental para a organização das mulheres dentro do Sistema Confederativo (STTRs/FETAGs/CONTAG), pois haverá diálogos, reflexões e construções de proposições para o 14° Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares.
A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais, explica que esse momento é fundamental para o fortalecimento da organização das agricultoras familiares no movimento sindical. “A Plenária será um importante espaço para refletirmos sobre os nossos desafios, as nossas ações e o nosso compromisso com um movimento sindical mais forte, democrático, transparente, comprometido com as relações de gênero mais igualitárias e com a transformação social”, compartilha.
As participantes da Plenária pretendem analisar o cenário político nacional e o contexto atual do sindicalismo rural, com ênfase nos desafios atuais e na participação e organização das mulheres; avaliar e propor estratégias para avançar no processo de organização das mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares e nos espaços de atuação e luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais; bem como debater e elaborar proposições para subsidiar a participação nas Plenárias estaduais, regionais, microrregionais ou de polos e no 14° CNTTR.
“Estamos com grandes expectativas para a 8ª Plenária Nacional de Mulheres, onde vamos receber nossas mulheres dirigentes sindicais de todo o Brasil. Nos reuniremos para um debate coletivo, abordando sobre temas que afetam as nossas vidas e trabalhos, de acordo com a experiência de atuação na sua base e no movimento sindical. E a partir dessa avaliação, nós vamos propor estratégicas para avançar a participação e a organização das mulheres no espaço de atuação político-sindical”, explica a secretária-geral da CONTAG, Thaisa Daiane Silva.
A secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques Pinto, conta que “chegaremos juntas, unidas e fortes para pensar mais quatro anos da gestão e organização da CONTAG. Temos muitos desafios para a agricultura familiar e o campo brasileiro e o nosso Sistema Confederativo pode contribuir muito para supera-los.”
Para a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, a Plenária Nacional das Mulheres acontece com a motivação principal de olhar para as contribuições das agricultoras familiares dentro do movimento sindical. “Com o lema da plenária, fortalecer para não retroceder, já fica muito claro o quanto que avançamos nesses 60 anos e o quanto que as mulheres ainda podem contribuir. As mulheres têm muito para contribuir, principalmente, com a pauta da segurança, soberania alimentar, ambiental e mudança climática. Muitas pautas são priorizadas pelas mulheres e instigadas para que o movimento possa discutir a partir da luta delas. Então, esse momento é extremamente importante em função do contexto histórico que vivemos, da necessidade de olhar para qual campo que queremos e de preparação para o nosso Congresso”, compartilha Sandra Paula.
A secretária de Política Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, conta que “a Plenária Nacional de Mulheres é um espaço que oportuniza uma reflexão mais profunda das mulheres. Principalmente sobre a ótica delas, dos desafios externos e internos, considerando a continuidade da luta por protagonismo, visibilidade política, contra todas as formas de violência, por trabalho e renda no meio rural e por mais políticas públicas. Então, a plenária é esse espaço que qualifica a realização do Congresso, que é a nossa instância máxima, que decide os próximos rumos do movimento sindical sobre a ótica das mulheres. Com certeza será uma plenária extremamente importante e necessária para fortalecer ainda mais a unidade das mulheres, a luta das mulheres, o nosso projeto e aquilo que a gente almeja.”
A secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Mônica Bufon, compartilha que está com uma expectativa positiva para a Plenária, que após oito anos será realizada de forma presencial. “Nós nos reuniremos com 300 mulheres de todos os estados do Brasil, que é fundamental para olhar, principalmente, para nossa pauta interna e os desafios das mulheres no movimento sindical e na agricultura familiar. Também estou com a expectativa muito boa em ver as jovens margaridas neste espaço e pautando suas necessidades enquanto jovens. Será um grandioso momento de formação, de preparação para que juntas seguimos firmes e reafirmando a importância das mulheres no movimento sindical”, afirma.
Fortalecer para não retroceder: juntas somos mais!
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