Neste Dia Internacional de Luta das Mulheres, a CONTAG renova o compromisso com a luta das agricultoras familiares com o mote “Por justiça climática e em defesa da agroecologia”.
As mulheres do campo, da floresta e das águas são as mais afetadas em meio às mudanças do clima. Por isso, elas se unem em marcha, fortalecendo o movimento sindical, em defesa da agroecologia, alimentando a vida e construindo um futuro sustentável para todas as pessoas.
“A luta das mulheres do campo, da floresta e das águas por justiça climática é em nome da proteção dos direitos humanos e da confiança de que o trabalho em comunidade é a maneira mais eficaz para assegurar o presente e o futuro das próximas gerações. E, para que a justiça climática seja alcançada, é fundamental que as decisões sobre mudanças climáticas sejam participativas, transparentes e que estejam sempre em busca de igualdade e equidade de gênero”, compartilha a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais.
É crucial que as mulheres do campo, floresta e das águas participem das discussões e negociações dos modelos de regramento da mitigação e adaptação às mudanças climáticas, prevendo compensação e reparação.
Principalmente porque parte dos projetos e iniciativas chamadas de “verdes” ou “sustentáveis” só visam sustentar ao modelo vigente de produção e consumismo exacerbado. E essas mudanças climáticas são resultado da exploração desenfreada dos recursos naturais.
O modelo de desenvolvimento explorador e mercantil da natureza, da agrobiodiversidade e dos territórios tem impactado de maneira quase que irremediável, como explica a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti.
“A justiça climática só será alcançada com um projeto de sociedade que tenha como pilar práticas sustentáveis e com base na agroecologia. Só assim será possível alimentar o país com comida de verdade, respeitando a vida e a natureza”, afirma a secretária de Meio Ambiente da CONTAG.
A CONTAG seguirá denunciando as injustiças socioambientais que se colocam como instrumentos de violação dos direitos humanos das mulheres, num contexto de crise climática e energética. E também convoca as Federações e Sindicatos a realizarem atos, formações e outras atividades ao longo do período do Março Lilás que visem refletir sobre o tema desse ano e em outras pautas estratégicas para as mulheres.
Mulheres em marcha fortalecem o movimento, alimentam a vida e curam a terra. Por justiça climática e em defesa da agroecologia!