A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e outras organizações que compõem a Campanha “A Vida por um Fio” de Autoproteção de Lideranças e Comunidades Ameaçadas divulgam nota em defesa de lideranças ameaçadas em Santarém, Pará. As organizações denunciam as ameaças de morte contra Auricélia Arapiun, coordenadora executiva do Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (CITA); Maria José Caetano, presidente da Associação Tapajoara; Ivete Bastos e Edilson Silveira, presidente e vice-presidente, respectivamente, do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Agricultoras e Agricultores Familiares (STTR) de Santarém.
As organizações se solidarizaram com as lideranças e suas comunidades e colocaram suas redes à disposição para “fortalecer a autoproteção de suas vidas e fortalecimento de suas lutas socioambientais”. Também exigem “medidas concretas para garantir o direito da escuta prévia, livre e informada dos povos e comunidades ribeirinhas e tradicionais”
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Ameaças
Na última sexta-feira (3), Auricélia Arapiun, denunciou que está sofrendo ameaças de morte de pessoas que exploram a atividade madeireira ilegal na Reserva Extrativista Tapajós e Arapiuns, em Santarém, no oeste do Pará. Além dela, também estão sendo ameaçadas a presidenta e vice-presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém (STTR), Ivete Bastos e Edilson Silveira, e Maria José, presidente da Tapajoara. As ameaças começaram quando as lideranças se opuseram contra a extração ilegal de madeira na região e lutarem pelo direito à consulta prévia, livre e informada no território da Reserva Extrativista Tapajós e Arapiuns.
“São ameaças recorrentes. Desde 2021, elas ficaram constantes, depois que arrombaram a sede do STTR, ameaçando invadir a sede do CITA também. Já registramos na PF e agora no MPF. Estamos aguardando para que eles tomem providências”, informou Auricélia Arapiun ao Portal Oestadonet.
Solidariedade
Em nota, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), a Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará (Fepipa) e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Arquidiocese de Santarém manifestaram apoio e solidariedade a Auricélia Arapiun. A nota ressalta que nos últimos anos, as invasões e conflitos na Resex foram intensificados por grupos contrários à defesa do território e do direito de consulta para Planos de Manejo Florestal e a atuação de Auricélia na “proteção das vidas dos povos indígenas e dos territórios”.
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Comunicação - Campanha "A Vida Por Um Fio"