Para encerrar as atividades de 2024, durante os dias 16 a 18 de dezembro, foi realizado no Cesir/CONTAG, em Brasília, a Oficina Regional Norte - Mulheres Amazônidas em defesa da agroecologia e do bem viver, rumo à COP30.
Durante a abertura, a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais, compartilhou que “estamos fechando o ano com uma oficina muito linda e com um tema muito potente. Agradeço a cada uma e cada um que esteve conosco durante o ano, e que no próximo ano possamos voltar energizados, com muita luz e sabedoria para continuar esse processo de fortalecer a nossa luta, o movimento sindical, a agricultura familiar e, sobretudo, a participação política das mulheres.”
Os objetivos da oficina foram de analisar a conjuntura política e os desafios postos para a agricultura familiar, compreendendo a urgência em enfrentar os desastres climáticos; fomentar o debate sobre diversas temáticas que acompanham a luta do movimento sindical; propor estratégias para formação de Grupos de Estudos Sindicais nos municípios; e debater participação e incidência na Cúpula dos Povos.
O secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto (Guto), compartilhou que “para nós, é uma satisfação ter vocês aqui. Essas oficinas são exercícios de sindicalismo porque é fundamental que nós saiamos, da melhor forma possível, da bolha do nosso sindicato e fazer debates importantes na região. Sem dúvida, somos exemplos para o resto do Brasil em consolidar essa ação multiplicadora e de fazer formação lá na base.”
A Oficina Regional Norte contou com momentos de análise de conjuntura; apresentação do diagnóstico dos territórios pelas/os participantes; discussões sobre gênero e justiça climática, relações intergeracionais e sucessão rural, reforma agrária, regularização fundiária e ambiental, políticas públicas ambientais, Plano Clima e a Cúpula dos Povos rumo à COP30; como articular Grupos de Estudos Sindicais (GES); e a elaboração de um calendário para desenvolvimento das ações.
A secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, avaliou que “esse momento é extremamente importante, porque nós, enquanto movimento sindical, viemos nos preparando para fazer incidência política. Nós precisamos ser contemplados em algumas discussões e cada vez mais qualificar a construção das políticas públicas. Eu acho que o nosso dever, enquanto movimento representativo, é demandar o que, de fato, fará a diferença na vida de nós agricultoras e agricultores familiares.”
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG