Mais de mil mulheres, de todas as regiões do país, reunidas reafirmando a força e a resistência do feminismo popular a frente dos desafios. As marchantes ocuparam as ruas de Natal (RN) carregando faixas, bandeiras, entoando cantos e batucando. O ato compõe a programação do 3º Encontro Nacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) “Nalu Faria”, que teve início no sábado (6) e será encerrado nesta terça-feira (9).
O ato foi dividido em três eixos principais: leitura da conjuntura, construção de alternativas e organicidade. Os encontros nacionais da MMM são importantes para debater e aprofundar os campos de ação do movimento frente aos desafios.
A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais, que acompanhou todo encontro, compartilhou que “Nos fortalecemos e impulsionamos processos de auto-organização das mulheres nos seus espaços de atuação e permanecemos em marcha para mudar o mundo.“
A programação de encontro contou com a discussão sobre o feminismo e os desafios da conjuntura, a 6ª Ação Internacional “Seguiremos em marcha contra as guerras e o capital, por soberanias populares e bem viver, os princípios organizativos e formas de continuar fortalecendo o movimento, a construção da agenda política e, para finalizar, a plenária final, que elaborou o calendário de lutas e apresentou a declaração do 3° Encontro da Marcha Mundial das Mulheres “Nalu Faria”.
“Foi um encontro superpontente, com a participação de muitas mulheres com o objetivo de fortalecimento e união feminista. Assim vamos ampliando a nossa autonomia como sujeitas no processo de construção política. Auto-organizadas, fazendo luta de classe em diversos territórios, podemos construir outro mundo”, continuou Mazé Morais.
A secretária completou “A Marcha das Margaridas, assim como a Marcha Mundial das Mulheres, é a expressão de um feminismo plural e popular, que articula consciência crítica, interpretação da realidade, desejo de mudança e a ação coletiva para a transformação, orientada por uma plataforma política construída coletivamente e que expressa nosso projeto emancipatório de sociedade.”
A memória de Nalu Faria, militante histórica da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil e no mundo, esteve presente e seu legado inspira a todas a seguirem construindo o feminismo antipatriarcal, anticapitalista e antirracista.
Derrubar esse sistema com força e rebeldia, organizar a mulherada sem perder ousadia. Sonhar e lutar como Nalu Faria.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG