Depois de anos de luta dos trabalhadores e trabalhadoras da agricultura familiar do município de Nova Mutum/MT, foi aprovada a criação do Projeto de Assentamento denominado XV de Novembro. Através da Portaria Nº 951, de 10 de janeiro de 2025, publicada no Diário Oficial da União.
A área de 367,6843 hectares, que atenderá oito unidades familiares, é fruto da luta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Mutum, Fetagri-MT, CONTAG e de todo o movimento sindical. A conquista representa mais um resultado da luta pela reforma agrária e simboliza o avanço de políticas em benefício de famílias camponesas.
O secretário de Política Agrícola, Meio Ambiente e Agrária da Fetagri-MT, Jovenir Ferreira (Jova), compartilhou um pouco de como foi os últimos momentos para a conquista,
“Essa regularização é fruto de uma luta de muitos anos. Mas ano passado, acho que no meio de novembro, tivemos uma reunião virtual com o INCRA, juntamente com uma comissão das famílias e do sindicato. E agora em janeiro foi publicada a portaria criando o assentamento que era o desejo das famílias. Nós da Fetagri-MT queremos agradecer todos os envolvidos e, principalmente, a CONTAG pelos encaminhamentos. Hoje eles estão muito contentes, estão felizes por terem sido atendidos pelo Governo Federal, através do INCRA, e com a intermediação da nossa Federação aqui do Estado de Mato Grosso”, afirmou o dirigente.
O Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) defende a reforma agrária ampla, massiva, de qualidade e participativa, que promova o ordenamento fundiário com a democratização do direito à terra e garantias territoriais.
“É difícil entender que em um país tão grande como o Brasil ainda tenhamos que fazer a luta com muita resistência, suor e, infelizmente, muitas vezes, com sangue derramado para ter o nosso pedaço de terra. Nós defendemos um Plano Nacional de Reforma Agrária com metas, prazos e com participação dos nossos companheiros e companheiras da agricultura familiar. E essa conquista em Mato Grosso é fruto dessa luta, de muita negociação e pressão para que a reforma agrária avance”, compartilhou o secretário de Política Agrária da CONTAG, Alair Luiz dos Santos.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG