O Mercado Comum do Sul (Mercosul) completa 30 anos nesta sexta-feira (26). A data é marcada pelo aniversário da assinatura do Tratado de Assunção, em 26 de março de 1991, pelos presidentes da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o propósito de integrar os países do Cone Sul. O pacto não abrange apenas acordos econômicos e/ou comerciais, mas também na ordem dos direitos humanos, da saúde, educação, entre outros.
A CONTAG acompanhou esse processo de discussão da criação do Mercosul e atua diretamente no diálogo e nas articulações com organizações de agricultores e agricultoras familiares desses países. Quero valorizar muito essa data, que nesse ano completa os 30 anos do Tratado de Assunção, e da criação do bloco do Mercosul. Nesses 30 anos nós caminhamos muito, mas sofremos muito também. Esse bloco foi pensado para ir além das questões econômicas e comerciais, que também pudesse discutir, socializar, trazer para o conjunto dessa comunidade do Mercosul o desenvolvimento, as culturas dos nossos povos, que tivesse realmente uma integração regional dos saberes, da cultura, do desenvolvimento, das nossas pautas comuns, explica o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG, Alberto Broch.
O dirigente da CONTAG relembra também que um dos frutos da criação do Mercosul foi a criação da Confederação de Organizações de Produtores Familiares do Mercosul Ampliado (Coprofam). Nós, da CONTAG, tivemos uma atuação fortíssima desde esse princípio e continuamos até agora, lutando por participação nas decisões do bloco. Por isso, nós nos juntamos a algumas organizações da agricultura familiar dos outros países e criamos a Coprofam, que é fruto dessa integração. A Coprofam nasceu em 1994, três anos depois da criação do Mercosul. Ela nasce com esse propósito, de lutar pela participação da agricultura familiar nas decisões da região, resgatou.
Outro importante resultado dessa integração foi a criação, em 2004, da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf), um fórum de diálogos políticos entre governos e movimentos sociais para a produção de políticas públicas.
Portanto, é um momento de celebrar conquistas, mas também de acender uma luz de alerta, pois o bloco poderia ter avançado muito mais. E, nos últimos quatro anos, nós tivemos muitos retrocessos. Mas, aproveitamos essa data para reafirmar a nossa luta por uma integração verdadeira dos povos e não só da economia, e vamos lutar por participação, principalmente para que tenhamos pautas do desenvolvimento, da agricultura familiar e das políticas públicas não só em um país, mas em todos os que integram a nossa região, finalizou Broch. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi