Não temos o que celebrar neste 1º de Maio Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. O País vive uma grave crise econômica, política e social. Voltamos ao mapa da fome, da miséria, da pobreza, da estagnação econômica, da precarização do mundo do trabalho, da desproteção social, trabalhista e previdenciária, do aumento das desigualdades e da perda da soberania. Além disso, o governo ataca sistematicamente as instituições, ameaça as liberdades e indica medidas autoritárias e golpistas, denuncia o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
A situação da classe trabalhadora está cada dia pior, principalmente para as mulheres. São perdas de direitos, desigualdade salarial e nos espaços de decisão, assédio, falta de reconhecimento, sobrecarga do trabalho doméstico, entre outros impactos na vida das mulheres, completou a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua), divulgada nesta sexta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no trimestre de janeiro a março de 2022, o total de desempregados no País foi de 11,9 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, ou 11,1% da população em idade de trabalhar. Apesar de apresentar uma certa estabilidade, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), analisa que os números demonstram que não há um sinal evidente de recuperação do mercado de trabalho, pois o desemprego e a informalidade se mantiveram em patamares altos e a renda sofreu uma queda forte em relação ao ano passado.
Por todo esse cenário, que vem se agravando nos últimos anos, as centrais sindicais (CUT, CTB, UGT, Força Sindical, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública Central do Servidor), a CONTAG e diversas organizações realizarão de forma unitária o ato nacional do 1º de Maio Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, neste domingo, a partir das 10 horas, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, por empregos, direitos, democracia e vida.
O presidente da CONTAG estará representando os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares para denunciar o descaso com as políticas públicas voltadas à agricultura familiar, como o corte no orçamento do INSS, o aumento da violência no campo, entre outros retrocessos para os povos do campo, da floresta e das águas.
O 1° de Maio é uma data histórica para a classe trabalhadora. É o momento em que os trabalhadores e as trabalhadoras evidenciam suas pautas, intensificam suas lutas e dialogam com toda a sociedade para buscar mais conquistas e vida melhor para todas as pessoas. Com esse cenário de desmonte, esse Dia do Trabalhador e da Trabalhadora torna-se palco importante de debate sobre as eleições, sobre o voto consciente, aumento da representatividade nos espaços de poder e unidade da classe trabalhadora para mudar o País, destaca Aristides.
O ato contará com a participação do companheiro Lula, de dirigentes sindicais, representantes de movimentos populares e sociais, representantes de organizações e instituições da sociedade civil, dirigentes de partidos políticos, parlamentares, personalidades e convidados/as internacionais.
A programação contará com apresentações culturais e shows de Leci Brandão, Daniela Mercury, entre outros/as artistas.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi