Com o tema A Covid-19 e a situação das vacinas no Brasil, a CONTAG realizou uma grande roda da conversa virtual, na manhã desta sexta-feira (29), com a participação de representantes das Federações e Sindicatos filiados, de entidades parceiras, da Diretoria e funcionários(as) da Confederação, entre outras pessoas que acompanharam pelo Facebook e Portal da CONTAG. O objetivo foi conscientizar a população sobre a importância da vacinação e de continuar seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o controle da pandemia.
A abertura da atividade contou com uma breve saudação da Diretoria da CONTAG, em especial do presidente Aristides Santos, da secretária de Mulheres, Mazé Morais, da secretária de Jovens, Mônica Bufon, e da secretária de Terceira Idade, Jose Rita (Zefinha). Todos e todas reforçaram a importância de sempre realizar debates como esse para levar informações úteis, combater a desinformação e esclarecer dúvidas sobre a vacinação e enfrentamento à Covid-19 e à postura negacionista do governo federal.
A roda de conversa contou com as exposições de Lúcia Souto, médica sanitarista e representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e de Jorge Machado, professor e médico sanitarista da Fiocruz DF. Os dois fizeram a seguinte afirmação sobre a vacina de combate à Covid-19: a vacina é segura e eficaz.
Lúcia disse ainda: Eliminamos várias doenças através das vacinas. Então, vacinas são fundamentais para salvar vidas. A vacina é um bem da humanidade e precisa ser um bem público. Temos o SUS e as vacinas precisam ser públicas.
Jorge também reforçou a importância da aprovação da vacina e da vacinação no combate à pandemia. Ganhamos a batalha da vacina, agora é preciso avançar na vacinação. Ela é eficaz sim, 50% das pessoas vacinadas podem desenvolver ou não a doença de forma leve, e em 100% dos casos não tem chance de ser grave. Então, vamos reduzir todas as mortes de idosos, por exemplo. Com a vacinação vamos evitar mortes!, reforçou.
A representante do CNS destacou, ainda, que a postura do governo federal tem prejudicado bastante as medidas de enfrentamento à pandemia e que o Brasil teria condições de ser referência mundial. Esse governo declarou guerra à saúde e à ciência. Isso tem a ver com o projeto político, ou seja, o governo não tem interesse de defender a vida. O que conseguimos avançar foi fruto da luta conjunta das organizações e movimentos que integram a Frente pela Vida. O país está em último lugar quanto à adoção de medidas de enfrentamento à pandemia. Temos o Sistema Único de Saúde (SUS), que é um dos sistemas públicos de saúde mais efetivos do mundo, mas está sendo desmontado. Se não fosse o atrapalhamento desse governo, estaríamos em outro patamar. O SUS tem condições de produzir vacinas e de vacinar a população, garantiu a médica sanitarista.
O outro expositor concordou que o SUS tem condições e experiência para avançar na vacinação em todo o País. O Programa Nacional de Imunização (PNI) é patrimônio do SUS, e é tocado pela Enfermagem nacional. Não temos problema de rede de frio no Brasil. Temos estrutura em todo o País para receber e armazenar as vacinas, afirmou.
Mas, segundo os dois médicos, não basta vacinar. É preciso continuar a seguir as recomendações da OMS, como o uso de máscaras, de álcool em gel, cuidar da higiene pessoal, evitar aglomeração, entre outros cuidados. Também reforçaram a importância de cuidar da saúde mental e de garantir a soberania e segurança alimentar de toda a população para enfrentar esse cenário. O auxílio emergencial é essencial para a agenda mínima de enfrentamento à pandemia. Segurança alimentar interfere decisivamente na saúde da população e na construção de uma sociedade mais saudável, defendeu Lúcia Souto.
Ao encerrar a roda de conversa, que contou com boa interação dos(as) participantes pela plataforma Zoom e pelo Facebook, a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, que foi a moderadora da atividade, reforçou que a Confederação seguirá na luta pela vacinação para todos e todas. #FicaEmCasa #FicaNaRoça, tomando os cuidados para continuar prevenindo a contaminação e a disseminação da doença. Precisamos reforçar a luta pelo SUS. Estamos em casa, mas estamos na luta!, destacou a dirigente da CONTAG.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi