Nesta segunda e terça-feira (7 e 8 de maio), representantes de órgãos governamentais, movimentos sociais e da sociedade civil, da Rede de Ater pública e privada, entidades internacionais e de pesquisa estiveram reunidos na sede da CONTAG, em Brasília, em evento realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
"A importância de um seminário como esse porque nós temos um país de dimensão continental, uma das maiores áreas agrícolas e agricultáveis do mundo. Mas também um país muito desigual com propriedades de terra muito mal distribuídas”, iniciou o ministro do MDA, Paulo Teixeira.
Com cerca de 400 participantes, o evento teve como foco a importância do programa de Ater no fortalecimento da agroecologia no Brasil. O propósito foi criar um espaço de amplo diálogo social para reflexão crítica e propositiva que qualifique a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater).
“O atual cenário aponta para questões que devem nortear as ações, que são a produção de alimentos saudáveis, adoção de práticas sustentáveis que conduzam o campo brasileiro para a sustentabilidade ambiental e capaz de promover resiliência às emergências climáticas”, afirma o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
A secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques Pinto, participou do painel 1 do evento sobre “A construção do Sistema Unificado de Ater para a agricultura familiar (Suater). Em sua fala, ela abordou que o planeta chama a atenção e o seminário também tem o papel de refletir sobre essas questões.
“É papel nosso, enquanto movimentos sociais, governo e Rede de Ater, pensar em uma assistência técnica com foco no momento que estamos vivendo agora, considerar essa crise climática e construir alternativas para produção de alimentos saudáveis e sistemas agroalimentares resilientes as mudanças climáticas. Na atual conjuntura é preciso reconstruir o modo de produzir e também o modo de consumir. Não cabe termos impostos maiores para alimentos e impostos menores para produtos ultra processados, estimulando um consumo que afeta a saúde e a segurança alimentar. Essas e outras questões devem estar no centro do debate da criação do Sistema Unificado de ATER (SUATER) e o MDA deve assumir essa responsabilidade garantindo a sua criação”, afirma a secretária.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG