Nos dias 29 a 31 de outubro, aconteceu o Seminário Nacional sobre Agricultura Familiar e Mudanças Climáticas, com a participação de diretores e assessores do Sistema Confederativo (CONTAG, Federações e Sindicatos). O momento faz parte do convênio CONTAG-SENAR e teve a participação do Observatório do Clima, Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), Embrapa e dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
O objetivo do encontro foi avaliar os seminários regionais realizados durante o corrente ano. Buscando garantir políticas de desenvolvimento rural para os agricultores e agricultoras familiares, foram debatidas propostas sobre a pauta climática e os compromissos que o Brasil deve assumir na COP30.
A secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, explicou que o seminário foi pensado para articulação dos/as dirigentes da agenda de clima. “Queremos que as nossas Federações estejam cada vez mais envolvidas, tendo em vista que nós, agricultores e agricultoras familiares, somos muito impactados.”
A programação do Seminário Nacional contou com painéis sobre:
Agricultura Familiar → Plano Clima → Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC);
Cooperação EMBRAPA e CONTAG;
5ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, caminho à COP-30;
Atuação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA e da Subsecretaria de Agricultura Familiar do MDA;
Protocolos de consulta Organização Internacional do Trabalho (OIT)-169 – GIZ;
Programa Florestas produtivas da Secretaria de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do MDA.
Ainda foram feitos debates sobre as ações desenvolvidas pelas Secretaria de Meio Ambiente da CONTAG e pelas Federações em 2024, e o planejamento do MSTTR nas pautas ambientais regionais e nacionais para 2025, já considerando o 14° congresso da CONTAG e o próximo Plano Safra.
“Nós da agricultura familiar já temos práticas mais sustentáveis e resilientes e devemos ser considerados como fundamentais na oferta de soluções para o enfrentamento à mudança do clima” afirma Sandra.
O secretário de Meio Ambiente e Políticas de Convivência com o Semiárido da FETAG-PI, Daniel Silva, esteve no seminário e compartilhou que “as mudanças climáticas afetam e vão afetar cada vez mais, principalmente a agricultura familiar, seja com grandes secas ou com excesso de chuvas. Nós entendemos que a nossa agricultura familiar é parte da solução, com propostas de uma produção sustentável, com sistemas agroflorestais, onde garantam a adaptação, até mesmo uma mitigação.”
Daniel Silva também comentou que durante o evento foram definidas ações prioritárias. “Nós entendemos que a pauta ambiental precisa ser mais forte e concisa, com a perspectiva da nossa produção, a criação de pequenos animais, dentre outras atividades. Estamos buscando entendimento das medidas que possam contribuir para nossas políticas, e reivindicar nos espaços nacionais e internacionais”, finaliza o secretário.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG