Durante os dias 14 a 16 de novembro, foi realizada a Cúpula Social do G20, no Rio de Janeiro, evento que antecedeu o encontro entre os chefes de Estado. Foi a primeira vez que houve a participação de grupos da sociedade civil nos debates do principal fórum de cooperação econômica internacional.
“A cúpula do G20 Social foi uma inovação, graças ao Governo Lula com a sua sensibilidade em ouvir a sociedade civil. Para nós, da agricultura familiar, ter como centralidade os temas do combate à fome, à pobreza e desigualdade, bem como o desenvolvimento sustentável frente às mudanças climáticas e a reforma da governança global, foi muito positivo. Sabemos o nosso papel em alimentar o mundo, e também em ser parte da solução da crise climática. E, sem sombra de dúvidas, isso ficou evidenciado. Fica claro que o desafio é que as vozes da cúpula social sejam ecoadas dentro da cúpula dos líderes e que essa experiência siga sendo reproduzida nos próximos encontros do G20”, avaliou a secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques pinto.
Segundo o Governo Federal, 47 mil pessoas passaram pelas atividades da reunião e a agricultura familiar brasileira esteve representada secretária de Política Agrícola, Vânia Marques Pinto, pela secretária de Mulheres, Mazé Morais e assessoria.
Ao longo dos dias, além de participar da agenda oficial, a Confederação também contribuiu com as atividades autogestionadas:
A taxonomia sustentável brasileira: salvaguardas socioambientais e socioeconômicas num contexto de transição energética e ecológica.
Seminário internacional a erradicação da fome e a reforma da governança global: diálogos e convergências necessárias.
Futuros Sustentáveis: o Papel da Agricultura Familiar no Combate à Fome, à Pobreza e às Mudanças Climáticas.
Economia feminista como alternativa frente a crise mundial.
Mulheres contra as guerras e o genocídio no Brasil e na Palestina.
Agroecologia como caminho para o enfrentamento à fome, às desigualdades sociais e às emergências climáticas.
Panorama da Habitação Social no Brasil
O evento foi encerrado com a entrega da Declaração Final do fórum, documento que reúne as principais propostas da sociedade civil desenvolvidas ao longo de 2024.
“Sem dúvidas, o G20 Social se consolida como um marco da participação social no âmbito das principais economias do mundo e revela o compromisso do governo brasileiro na promoção de prática democrática e participativa, algo necessário para superação de dilemas centrais que o mundo enfrenta”, compartilha a secretária Mazé Morais.
A secretária de Mulheres da CONTAG, que fez a leitura do documento, compôs a Mesa de Encerramento da Cúpula do G20 Social, como representante da Sociedade Civil Nacional, ao lado da representação internacional e de ministros de Estado do governo federal brasileiro.
A declaração aborda sobre o combate à fome, pobreza e desigualdades; sustentabilidade, mudança do clima e transição justa; e a reforma da governança global.
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