O Carbendazim é um fungicida utilizado como ingrediente ativo (IA) na formulação de agrotóxicos de uso agrícola há mais de cinquenta anos, no mercado brasileiro. Ele é utilizado em diversas culturas como: arroz, feijão, cevada, frutíferas, entre muitas outras.
Em 2019 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), iniciou o processo de reavaliação do produto que já é proibido nos Estados Unidos e na União Europeia há mais de uma década, por associação ao câncer e à má formação fetal. Após um longo processo de análise, em 21 de junho deste ano, a Anvisa, em decisão emergencial proibiu a importação, produção, distribuição e comercialização do produto até que fosse finalizado o processo de reavaliação.
No dia 8 de agosto, o parecer da área técnica da Anvisa concluiu que o Carbendazim é cancerígeno, altera o material genético e prejudica a gestação e amamentação. Assim, a Anvisa definiu pelo banimento do veneno Carbendazim, no Brasil, de forma gradual, em até dois anos.
“Mesmo com esses fatos e o reconhecimento da Anvisa do perigo do uso dessa substância e risco ao se consumir os alimentos produzidos com ela, ainda há um poder que consegue sustentar a comercialização desses produtos, em função do lucro. Serão mais dois anos adoecendo e matando pessoas. Definitivamente a prioridade não é a saúde dos trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares e dos(as) consumidores e consumidoras”, pontua a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti.
Em nota, a CONTAG e várias organizações que integram a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, se posicionam contra a ampliação do prazo para até dois anos do uso do Carbendazim no país.
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Fonte: Comunicação e Secretaria de Meio Ambiente da CONTAG - Barack Fernandes e Raul Zoche, com informações da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida