Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
14º CONGRESSO NACIONAL DOS TRABALHADORES RURAIS AGRICULTORES E AGRICULTORAS FAMILIARES    1 A 3 DE ABRIL DE 2025 - LUZIÂNIA/GO    SAIBA MAIS
DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE
Comissão Camponesa da Verdade se reúne com relator especial da ONU para discutir memória e justiça
WhatsApp

31 de Março de 2025


Divulgação
TEMAS RELACIONADOS:
brasil
ditadura militar
justiça
memoria
onu

Neste domingo (30), uma delegação da Comissão Camponesa da Verdade (CCV) participou de uma audiência com o relator Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a promoção da verdade, justiça, reparação e garantias de não repetição, Bernard Duhaime, que está em visita oficial ao Brasil até o dia 07 de abril.

O encontro, que aconteceu em Brasília, teve o objetivo de apresentar dados sobre as graves violações dos direitos humanos contra camponeses durante e após a ditadura militar, além de reivindicar medidas para garantir o direito à verdade e à justiça. Foi apresentado o contexto das violações no campo e as limitações das políticas de memória para as populações que nele vivem.

Para o secretário de Política Agrária da CONTAG, Alair Luiz dos Santos, “com toda a certeza, esta audiência representou um passo importante na busca por reconhecimento e justiça para os povos do campo, da floresta e das águas que já foram atingidos pela repressão estatal e empresarial.”

A delegação foi composta pelos representantes do CCV Gilney Viana, Regina Coeli e Halyme Antunes; o assessor de Política Agrária e advogado da CONTAG, Ivo Lourenço; a neta do líder camponês desaparecido José Porfírio, Alinne Porfírio; o coordenador do Grupo Tortura Nunca Mais do Goiás (TNM-GO) e irmão do desaparecido Marco Antônio Dias Batista, Waldomiro Batista; e Fernando Alberto Lopes, também do GTNM-GO.

Depoimentos e denúncias

Gilney Viana apresentou uma síntese do relatório da CCV, destacando os camponeses como principais vítimas da repressão estatal e denunciando a exclusão sistemática desse grupo do direito à Justiça de Transição.

Regina Coeli destacou a coincidência do encontro com a memória do golpe civil-militar de 1964, a campanha "Não Anistia" relacionada aos atos golpistas de 2022/2023 e a possibilidade de o STF reavaliar a Lei de Anistia. Ela entregou ao relator um documento da CCV, que defende a reabertura de prazos para casos de camponeses desaparecidos e a aceitação de novas demandas, como no caso de Juscelino Kubitscheck.

Halyme Antunes denunciou a parceria entre o regime militar e empresas privadas na Amazônia, citando a Josapar como exemplo de violação dos direitos camponeses, e destacou a ação da CCV junto ao Ministério Público Federal, que levou à abertura de inquérito policial contra a empresa.

Ivo Lourenço resgatou o histórico da CONTAG e a perseguição sofrida por seus dirigentes após o golpe de 1964. Ele mencionou a luta pela retomada da entidade e o assassinato de líderes sindicais, como Margarida Maria Alves. Ressaltou também a iniciativa da CONTAG e da Associação dos Colonos Atingidos pela Repressão Estatal e Privada da Gleba Cidapar (PROREPARAÇÃO) de requerer, perante a Comissão de Anistia, requerimento de Anistia Coletiva, ainda não julgado.

Alinne Porfírio relatou o impacto emocional e social do desaparecimento de seu avô José Porfírio, reivindicando o direito à verdade, ao luto e à justiça.

E, para finalizar, Waldomiro Batista falou sobre o desaparecimento de seu irmão Marco Antônio Dias Batista e destacou casos de discriminação contra camponeses na Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP). Citou a negligência em relação ao assassinato de Albertino José de Farias, em 1964, cujo caso permanece sem resolução.

Encaminhamentos da ONU

Após ouvir os depoimentos, o relator especial Bernard Duhaime fez as seguintes solicitações:

  1. Dados unificados e credíveis sobre os camponeses atingidos pela repressão.

  2. Outras organizações que atuam na defesa da memória camponesa.

  3. Documentação técnica sobre graves violações de direitos humanos no campo.

  4. Casos de violações de direitos humanos no campo após a ditadura, especialmente na Amazônia.

  5. Histórias ainda não relatadas, impactos intergeracionais e categorias de vítimas não abordadas.

O relator indicou que essas informações podem ser enviadas por e-mail até 7 de abril de 2025.

Por Malu Souza / Comunicação CONTAG



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h às 12h de 13h30 às 17h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico