“A terra é de quem trabalha. A história não falha, nós vamos ganhar”.
Aconteceu nesta semana, no CESIR/CONTAG, em Brasília/DF, o Encontro Nacional sobre Desenvolvimento Rural e Sustentabilidade: Reforma Agrária, Crédito Fundiário e Regularização Fundiária como políticas promotoras de direitos humanos.
Com mais de 70 participantes, o Encontro analisou os dados do Censo Agropecuário 2017, debateu a Reforma Agrária enquanto fator social e econômico e discutiu o papel das entidades de representação dos(as) agricultores(as) familiares na efetivação de políticas públicas voltadas para a reforma agrária.
No Encontro foram lançados o Festival Nacional da Juventude Rural e a Marcha das Margaridas 2023.
Após o debate de três dias (02, 03 e 04 de agosto), os(as) participantes apontaram como propostas da luta agrária a ser implementadas no Brasil, pelo Sistema Confederativo (Sindicatos, Federações e CONTAG): a adesão à Campanha Despejo Zero e à Campanha Contra Violência no Campo. E também a realização em 2023 de cinco Encontros Regionais sobre Políticas Públicas: a terra como espaço de produção de alimentos saudáveis e do bem viver.
“Um excelente Encontro, sendo o 1º presencial após a redução do número casos de pessoas com Covid, onde os(as) participantes tiveram a oportunidade de socializar ações voltadas para as questões agrárias desenvolvidas pelas Federações e Sindicatos nos estados. Aproveitamos também para fazer uma ampla discussão do nosso planejamento no movimento sindical para este triênio e dialogarmos com representantes governamentais do INCRA e do Crédito Fundiário sobre algumas demandas nossas que estão pendentes e precisam ser resolvidas o quanto antes. Seguimos na luta, como diz a canção: ‘A terra é de quem trabalha. A história não falha, nós vamos ganhar’”, avalia o secretário de Política Agrária da CONTAG, Alair Luiz dos Santos.
No Encontro, a secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, frisou que os desafios agrários são ligados diretamente com a preservação do meio ambiente.
“Quando falamos em conflitos agrários, estamos falando também das questões ambientais. Muitas das ameaças que as comunidades sofrem, surgem através da restrição delas ao acesso a recursos ambientais fundamentais como água e terra dos seus territórios que historicamente foram preservadas sustentam essas comunidades através do extrativismo. Além disso, existem crimes ambientais que afetam diretamente a vida das famílias do campo, como a pulverização aérea em cima de suas casas, escolas e lavouras, e principalmente a contaminação das águas por agrotóxicos e mercúrio da mineração”, compartilha a secretária de Meio Ambiente da CONTAG.
Como parte da programação do Encontro, os(as) participantes estiveram presentes no lançamento da “Campanha Contra a Violência no Campo: Em Defesa dos Povos do Campo, das Águas e das Florestas”, no 1º dia do evento (02 de agosto), no auditório do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), em Brasília (DF).
Comunicação CONTAG - Barack Fernandes