Professores e educadores do campo de Minas Gerais participaram nesta terça-feira (19) da aula inaugural de Licenciatura do Campo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Ao todo, são 73 alunos, dos quais 13 da Universidade de Brasília (UnB) e seis ligados à Fetaemg. Essa é a primeira turma de Licenciatura do Campo no estado que reúne todos os movimentos sociais e sindicais, de acordo com a Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado de Minas Gerais (Fetaemg). Com a metodologia de alternância, o curso tem duração de quatro anos as aulas vão até o dia 14 de março.
Para a secretária de Políticas Sociais da Contag, Alessandra Lunas, este é um espaço fundamental para o Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). "É uma ?quebra?por trazer as especifidades do campo. Para nós a experiência de parceria com os diversos movimentos sociais é um diferencial de estar dentro da universidade, conquistando um espaço acadêmico", afirmou Alessandra, durante a aula inaugural. Ela acrescentou que a capacitação desses educadores é uma demanda antiga do MSTTR ao Ministério da Educação.
Na opinião do diretor de Política Social da Fetaemg, e aluno da Licenciatura, Marcos Nunes, o curso é um desafio pela diversidade de movimentos sociais inseridos nesse processo. "O interessante é que vamos poder trocar experiência." Para viabilizar a participação do MSTTR, os Sindicatos apresentaram as demandas para a Fetaemg, que selecionou os alunos.
Os critérios para participar da Licenciatura do Campo são: não ter curso superior, ser vinculado ao movimento sindical e morar em regiões que ainda não tinham sido contempladas com as licenciaturas da Fundação Educacional do Vale do Jequitinhonha, além da apresentação de um currículo do movimento sindical. "Minas tem um grande número de alunos transportados do campo para a cidade. Há também uma população significativa no campo que não estudou e não concluiu o ensino fundamental ou médio", disse a coordenadora da Educação do Campo do Ministério da Educação, Sara Lima Silva. FONTE: Patrícia Cunegundes, com informações da Fetaemg