Em assembleia geral extraordinária realizada na manhã de hoje pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, na sede do Círculo Operário Cachoeirense, ficou definido que o novo piso salarial a ser pleiteado para a categoria de trabalhadores rurais será de R$ 933,66. O reajuste compreende o percentual de 14% de reposição salarial, acrescido do ganho real de 5% sobre os vencimentos atuais. Compareceram cerca de 40 pessoas.
O assessor jurídico do STR, Jorge Cruz, destaca que a definição e piso salarial para trabalhadores que desenvolvem a atividade de tratorista, cláusula que recorrentes vezes foi proposta e rejeitada pelo sindicato patronal. “Depois do reajuste salarial este é o ponto mais importante a ser negociado com o sindicato patronal na convenção coletiva de trabalho”, enfatizou.
Outros pleitos que foram incluídos na proposta são a concessão de quinquênio aos trabalhadores, bonificação que corresponde a acréscimo de 5% a cada cinco anos de serviços prestados ao mesmo empregador, disponibilização de caixa com medicamentos para primeiros socorros, sem ônus ao empregado, bem como a garantia de cópia dos recibos de pagamento aos empregados, ponto muito discutido e questionado pelos presentes na assembleia. “O contra recibo de pagamento é o documento comprobatório que o empregado tem sobre os valores que recebe, encargos sociais pagos e demais detalhes sobre seus vencimentos. É um documento que obrigatoriamente deve ser fornecido pelo empregador, prática que não tem sido cumprida por alguns empregadores pelo que pudemos observar nos relatos hoje, durante a assembleia.”, explica a presidente do STR , Cleudia Camargo.
PERDAS – Visando evitar maiores perdas aos trabalhadores, a proposta aprovada hoje inclui ainda uma cláusula que determina que caso o piso salarial estadual ultrapassar o salário definido pela convenção para os empregados da categoria durante sua vigência, os empregadores se obrigam a pagar o piso estadual. “Considerando que a data base dos trabalhadores rurais é 1º de março, este mecanismo evita a perda salarial do um mês. Além de garantir que não receberão menos do que o piso estadual”, explicou Cleudia.
ATENÇÃO A proposta será encaminhada ao sindicato patronal para análise e votação em assembleia agendada para o dia 27 deste mês. A presidente do STR, Cleudia Camargo, foi autorizada a conduzir as negociações e formalizar a convenção representando os empregados rurais.
Para saber mais: O que os trabalhadores pleiteiam: Salário da categoria – R$ 933,66 a partir de 1º de março Salário de capataz de fazenda – 1,9 do piso salarial da categoria Salário do aguador de lavoura – Piso salarial da categoria, acrescido 50%, mais participação de 3% da produção da lavoura Salario de secador – Durante o período de trabalho na secagem de grãos o salário será acrescido de 50% Salário de capataz de lavoura – Dois pisos da categoria Salário de operador de máquina – Um piso salarial acrescido de 80% Salário de inseminador – Além do salário normal 1,5quilos de vaca viva por aninal inseminado e 1,5 quilos de ovelha viva por animal inseminado Piso salarial do aramador – Receberá além do salário normal uma remuneração de 100% diário sobre o seu salário ou 70% sobre o valor da tabela de serviços acordada entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores Salário do domador – Além do salário normal, um salário da categoria por animal domado e quando se tratar de cavalo de cabanha, dois salários da categoria Salário do trabalhador no reflorestamento e fruticultura – Um salário da categoria acrescido de 30% Insalubridade – Ao empregado que exerce serviço rural tanto na agricultura como na pecuária, inclusive cozinheiro, fruticultura e reflorestamento fica assegurado o grau de insalubridade médio, calculado sobre o piso da categoria, independente de perícia técnica.
FONTE: STR Cachoeira do Sul