A Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais na Agricultura no Estado de Alagoas (Fetag/AL) e representantes da agroindústria da cana-de-açúcar deram início a uma rodada de negociação para discutir a pauta de reivindicações da convenção coletiva de trabalho 2008/2009.
A Federação entra na negociação, representando trabalhadores filiados a 49 sindicatos rurais da zona canavieira do estado que têm data base em 1º de novembro. De acordo com dados da entidade, uma média de 100 mil trabalhadores sobrevive da cultura da cana em Alagoas.
Na pauta de reivindicações constam itens, a exemplo de reajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho, adicional noturno, insalubridade, segurança no transporte dos trabalhadores, fornecimento de ferramentas e equipamentos de segurança individual, entre outros.
A pauta foi aprovada pelos trabalhadores no dia 21 de setembro. O documento, que apresenta 64 itens, foi repassado à classe patronal três dias depois. A primeira reunião entre os representantes das duas entidades de classe foi realizada na quinta-feira passada, dia 30.
Na reunião, que ocorreu na sede da Fetag/AL, no bairro de Jaraguá e que contou com a presença do presidente da Fetag/AL, Antonio Vitorino, o principal ponto de discussão foi o reajuste salarial. Os canavieiros querem passar o salário mínimo dos atuais R$ 427,00 para R$ 527,00.
"Mas os representantes das usinas alegam que o principal motivo que dificulta o reajuste pleiteado pela categoria é a crise financeira mundial que afeta a economia das indústrias alagoanas. Estamos discutindo para saber o que vai ser aprovado em comum acordo. Não queremos que as negociações se arrastem por muito tempo", frisou a presidente do sindicato rural de Maceió, Maria do Ó do Nascimento, que também responde pela secretaria de Comunicação da Fetag/AL, lembrando que a próxima reunião vai ocorrer na quinta-feira, às 15h, na sede da Fetag/AL. FONTE: Fetag/AL