A luta das trabalhadoras rurais pelos seus direitos, por igualdade de gênero econtra a violência sexista é permanente. Nos meses de junho e julho, os preparativos para uma das maiores mobilizações da Contag, a Marcha das Margaridas 2007,se intensificam. Hoje, representantes do governo Lula recebem da Contag a pauta de reivindicações das trabalhadoras rurais brasileiras.
Na segunda semana de junho a Contag recebeu em Brasília as coordenadoras de mulheres de diferentes federações e as parceiras da Marcha.Nos dias 22, 23 e 24 de julho, as mulheres se reuniram novamente na sede da Contag, em Brasília, com a Coordenação Nacional de Mulheres da Confederação.Oobjetivo desses dois encontros foi construir de maneira democrática os dois dias de mobilizações. Nos dias 21 e 22 de agosto, quando acontece a Marcha das Margaridas, estão previstas várias atividades, como mesas temáticas de debates, feira expositiva, atividades culturais, entre outras.
Esses dois meses que antecedem a Marcha são marcados por intensas atividades. A coordenadora de mulheres da Contag, e vice-presidente da CUT, Carmem Foro participou em vários estados brasileiros das Conferências Estaduais de Políticas paras as Mulheres. São reuniões preparatórias para a II Conferência Nacional dePolíticas para as Mulheres, organizada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, que acontece do dia 17 ao dia20 de agosto em Brasília.
A coordenadora de Mulheres da Contag levou às Conferências Estaduais as reivindicações das trabalhadoras rurais e fez um chamado para que mulheres, homens, jovens e idosos participem da Marcha das Margaridas deste ano. Carmem Foro foi convidada aparticipar da mesa de abertura da Conferência Nacional, no dia 17, que terá a participação do presidente Lula.
Mobilização - A Marcha das Margaridas, além de um ato político de reivindicação, é considerada importante marco na trajetória de lutas sindical e feminista, pois traduz o crescente amadurecimento político da organização das mulheres trabalhadoras rurais no Brasil. A primeira Marcha ocorreu em 2000 e a segunda em 2003.
A grande capacidade de organização e força política das trabalhadoras rurais é a responsável pela realização da Marcha, que traz à capital do País pauta com reivindicações específicas das mulheres e questões de interesse geral da categoria. Essas pautas são construídas, debatidas e negociadas com ampla participação das trabalhadoras, no âmbito local, estadual e nacional.
Este ano, a mobilização reafirma o lema "duas mil e sete razões para marchar" e tem como temas centrais soberania e segurança alimentar e nutricional; terra, água e agroecologia; trabalho, renda e economia solidária; garantia de emprego e melhores condições de vida para as assalariadas rurais; política de valorização do salário mínimo; defesa da saúde pública e educação no campo e combate à violência sexista.
"É muito importante que estejamos todas reunidas nos dias 21 e 22 de agosto em Brasília. Precisamos estar presentes e articuladas para reivindicar nossos direitos", afirma a coordenadora da Comissão Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag e vice-presidente da CUT, Carmem Foro. Ela explica, ainda, que para o MSTTR a estratégia de luta é construir forças políticas, articulando alianças, promovendo debates e formulando alternativas para consolidar a implementação de um projeto de desenvolvimento que seja sustentável e solidário, capaz de incidir sobre a desigualdade social e de gênero.
A Marcha é organizada pela Contag e CUT e conta com a parceria do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste (MTR-NE), Movimento Interestadual das Quebradeiras de Côco Babaçu (MIQCB), Movimento de Mulheres da Amazônia (MMA), Marcha Mundial das Mulheres (MMM), a Rede de Mulheres Rurais da América Latina e do Caribe (REDELAC) e a Coordenadora das Organizações dos Produtores Familiares do Mercosul (COOPROFAM).
Fonte: Emmanuelle Nunes
Agência Contag de Notícias