Cerca de 50 mil mulheres trabalhadoras rurais de todo o país vão estar em Brasília na aproxima semana (dias 21 e 22) para participarem da terceira edição da Marcha das Margaridas. Organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em ação conjunta com as federações estaduais filiadas à instituição, a Marcha das Margaridas é consagrada como a maior manifestação nacional de mulheres trabalhadoras rurais da história do Brasil e tem como lema, este ano, o "Combate à fome, à pobreza e a violência sexista".
Do Estado do Maranhão está prevista a participação de cerca de 1.500 trabalhadoras rurais, que estão sendo mobilizadas desde maio pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Maranhão (Fetaema). Segundo a coordenadora estadual de Mulheres da Fetaema, Rosmarí Malheiros, as caravanas sairão rumo a capital neste domingo (19), dos nove Pólos Sindicais da Federação: Mearim, Tocantina, Sul do Estado, Região do Cocais, Alto Turi, Pindaré, Baixada Maranhense, Baixada Oriental e Baixo Parnaíba. A caravana de São Luís vai se concentrar a partir das 14 horas do mesmo dia, em frente ao prédio da Fetaema.
QUALIDADE DE VIDA - O presidente da Fetaema, Francisco Sales de Oliveira, ressalta que a Marcha das Margaridas é, ao lado do Grito da Terra Brasil, o maior instrumento de reivindicação, pressão e negociação do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) do Brasil. "A classe trabalhadora rural brasileira tem nessas duas manifestações a oportunidade de reforçarem a luta por políticas públicas que resultem na melhoria da qualidade de vida e de trabalho às famílias do campo", diz ele.
MARGARIDAS - A Marcha recebe esse nome em homenagem a ex-sindicalista Margarida Maria Alves, que foi presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, no Estado da Paraíba. Ela foi brutalmente assassinada com um tiro no rosto por latifundiários, em 12 de agosto de 1983, na porta de sua casa, diante do marido e do filho. Por sua trajetória e luta pela Reforma Agrária, se tornou um símbolo nacional, representado tantas outras mulheres (e homens) do meio rural brasileiro que deram a vida na luta por seus direitos.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Fetaema