Desde o final do ano passado o Programa de Habitação Rural (PNHR) vem apresentando resultados em Minas Gerais com a construção de casas para famílias do meio rural. Arcos, na região centro-oeste do estado, é um dos municípios que saiu na frente. O Sindicato de Trabalhadores Rurais, com a parceria da Prefeitura e intermediação da Fetaemg, há cerca de um ano iniciou o processo de construção das dez moradias. Hoje, estão colhendo os frutos pelo esforço e por acreditarem no projeto. “No início foi muito difícil por causa do excesso de burocracia na Caixa Econômica Federal, inexperiência nossa e principalmente, por causa da escassez de recursos”, diz o presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Arcos, Geraldo Rodrigues Teixeira. O dirigente se diz orgulhoso de ver a satisfação e felicidade das famílias em ter um lugar decente para morar, pois a realidade era bem diferente. “Todas as famílias beneficiadas pelo Programa são muito carentes e moravam de favor em casas de parentes e até mesmo em casas de pau a pique. Com moradia própria passaram a viver com mais dignidade”, ressalta.
Em Arcos, foram inscritas no Programa de Habitação Rural cerca de 30 famílias. Após um trabalho de campo para conhecer a realidade das famílias foram selecionadas dez. Cada uma recebeu 15 mil reais para a compra de material que foi sendo liberado em etapas, conforme a construção das casas. A Prefeitura de Arcos custeou toda a mão de obra das casas. O presidente do Sindicato diz que houve uma grande dificuldade relacionada à logística, já que as casas são muitos distantes uma da outra. “Foi difícil para fazer o material chegar até as obras. Tivemos que percorrer, às vezes, mais de 100 quilômetros.”
A partir da assinatura dos contratos com a Caixa as famílias assumiram o compromisso de quitar em quatro anos o valor de 600 reais como contrapartida. Não são cobrados juros.
O município de Arcos tem ainda 16 projetos prontos para serem entregues na Caixa. No Estado, cerca de 300 casas já foram construídas pelo PNHR e há cerca de mil projetos para serem entregues na Caixa.
Muzambinho e Cabo Verde, no sul de Minas, foram um dos primeiros municípios a colocar o programa em prática no Estado. Há também casos de sucesso em Araçuaí, Bom Jesus do Galho, Desterro de Melo, entre muitos municípios que já estão bastante avançados.
O presidente da Fetaemg, Vilson Luiz da Silva, ressalta que o Programa Nacional de Habitação Rural é uma conquista do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (Contag, Fetags e Sindicatos) que está mudando para melhor a realidade de muitas famílias no meio rural que não tinham n perspectivas de qualidade de vida. Após muitas intervenções e ajustes da Fetaemg junto à Caixa, o programa está avançado no Estado. “No final do ano passado demos um grande passo. o PNHR passou a ter novas regras, e a de maior impacto foi a ampliação dos recursos, de 12 mil para 25 mil reais por beneficiário.”
O Programa Nacional de Habitação Rural é operacionalizado pela Caixa Econômica Federal e a Fetaemg, em muitos municípios, tem atuado como intermediadora dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, que são os responsáveis em executar o Programa. Todas as etapas de execução do PNHR são acompanhadas por engenheiros civis e assistentes sociais da Caixa, além de dos que são contratados pela Fetaemg e Sindicato. Após ter sua proposta aprovada, o beneficiário tem até 12 meses para concluir todas as etapas do Programa, ou seja, estar com a sua casa construída. FONTE: Assessoria de Imprensa FETAEMG