O pagamento das horas in intineres aos trabalhadores e trabalhadoras do corte de cana-de-açúcar é pauta de discussão entre lideranças sindicais. Na próxima quinta-feira (15), às 10 horas, no Centro Social da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL), dirigentes se reúnem para discutir estratégias de negociação para que as usinas efetuem o pagamento do complemento salarial.
As horas in intineres são aquelas em que o trabalhador é transportado pelo empregador. De acordo com o presidente da FETAG/AL, Antônio Vitorino, o pagamento do tempo gasto no transporte dos canavieiros e canavieiras até o local do corte de cana nunca foi realizado em Alagoas. "O pagamento dessas horas está previsto na lei e queremos que ela seja cumprida. As usinas alegam que a crise financeira mundial é o principal motivo para a falta de dinheiro para o pagamento das horas in intineres".
Na reunião desta semana, os presidentes dos 49 sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras da zona canavieira serão orientados sobre como proceder nas negociações das horas in intineres. Durante o período de safra, Alagoas conta com uma média de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais atuando no setor.
O presidente da Fetag/AL explica também que Termo de Ajuste e Conduta (TAC), assinado em 2008 entre o Ministério Público Estadual e as usinas do Pólo Agroindustrial Alagoano, determina que o pagamento dessas horas seja realizado mediante acordo firmado entre representantes dos trabalhadores e das indústrias.
Vitorino lembrou ainda que o complemento salarial também não foi contemplado na Convenção Coletiva de Trabalho assinada em novembro do ano passado. FONTE: Fetag/AL