A partir de 1º de janeiro de 2024, o Salário Mínimo (SM) oficial do Brasil será de R$ 1.412, o que representa ganho real de 5,77% pelo Índice de Preços no Consumidor (INPC) para o período de maio a dezembro de 2023.
O aumento nominal é de 6,97%, com o SM passando de R$ 1.320 para 1.412. Se usado como referência o mês de janeiro de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302,00, o ganho real é de 4,69%.
A inflação de 2023, medida pelo INPC/IBGE, ficou em 3,71%, já a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 4,62%, voltando a deixar a inflação na meta depois de três anos. O controle da inflação contribuiu para a manutenção do poder de compra do salário mínimo em 2023, o que deve ser observado também em 2024.
O aumento do salário mínimo tem impacto direto nos salários do setor público e nos benefícios e aposentadorias pagos pelo Estado. No caso da Previdência, o peso relativo da massa de benefícios equivalente a até um salário mínimo é de 48,6% e corresponde a 68,4% do total de beneficiários, segundo o Boletim Estatístico da Previdência.
O impacto do aumento de R$ 92 no SM, passando para R$ 1.412, significará custo adicional de cerca de R$ 31,4 bilhões ao ano, que devem ser compensados com o aumento da arrecadação tributária, de cerca de R$ 37,7 bilhões, entre os próprios aposentados do INSS e demais trabalhadores formais, incluindo os de conta própria que contribuem para o sistema, como calculada pelo Dieese.
O balanço da inflação de 2023 mostra que, no fim do ano, os alimentos voltaram subir, registrando aumento de 1,11%, quase o dobro do índice mensal geral medido pelo IPCA, de 0,56%. O grupo alimentos e bebidas foi o que mais subiu em dezembro, sendo Goiânia a capital que registrou o maior aumento. A grande exceção ficou por conta do leite longa vida, que caiu pelo sétimo mês seguido, desta vez -1,26%.
Os dados anuais por produto e grupo podem ser observados na tabela abaixo.
WhatsApp
