Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os direitos das crianças
Todos têm de respeitar.
Ruth Roch
Com esse poema de Ruth Roch foi iniciada a Roda de Conversa Ciranda em Movimento, Direitos e Desafios das Crianças e Adolescentes do Campo, Florestas e Águas, momento especial que marcou a inserção do lugar de fala das crianças e adolescentes nas ações do Sistema Confederativo (Sindicatos, Federações e CONTAG).
A Roda de Conversa foi realizada por plataforma virtual, nesta quarta-feira (28), com a participação de crianças e adolescentes, dirigentes e funcionários(as) da CONTAG, Federações e Sindicatos, de representantes do Comitê de Participação de Adolescentes do Conanda e da Rede de Adolescentes e Jovens do FNPETI e de convidados(as), reunindo mais de 120 pessoas. O objetivo foi promover um debate visando a construção de estratégias para a inserção de crianças e adolescentes enquanto sujeitos de direitos na agenda do MSTTR.
A atividade contou com abertura política, duas rodas de conversa, debate e lançamento do vídeo institucional Crianças e Adolescentes Sujeitos de Direitos.
O lançamento da cartilha Crianças e Adolescentes Sujeitos de Direitos e a realização dessa Roda de Conversa só nos ajudam a conhecer melhor a pauta das crianças e adolescentes e a mudar a nossa cultura. É importante que todos e todas conheçam e participem do movimento sindical desde a infância. Vamos cuidar cada vez melhor das nossas famílias dando atenção às nossas crianças e adolescentes, disse o presidente da CONTAG, Aristides Santos, durante a abertura política.
O adolescente Vinícius Dantas, representante do CPA/Conanda, destacou a importância de escutar as crianças e adolescentes para avançar nas pautas. É conversando e escutando quem vive aquela realidade que a gente consegue saber e resolver as questões, defendeu.
Em nome dos(as) adolescentes do MSTTR, Darlânia Rodrigues Silva destacou a importância da aprovação de resolução do 13º Congresso da CONTAG, em abril desse ano, que trata da inserção da pauta de Crianças e Adolescentes enquanto sujeitos de direitos. Essa resolução vem garantir o nosso sonho de participar das atividades do MSTTR, de ver mais próximo a realização do nosso sonho de permanecer no campo, e também ver as nossas pautas incluídas, entre elas o acesso à internet no meio rural. Nada para nós sem nós!, ressaltou.
As rodas de conversas abordaram as temáticas Sucessão rural começa na infância e O desafio do Trabalho Infantil no campo, florestas e águas, com exposições de Glícia Thais Salmeron, conselheira do Conanda, e Isa Oliveira, do FNPETI, respectivamente.
Nos dois momentos, os debates foram ricos e bem participativos, inclusive pelas crianças, adolescentes e jovens, com troca de experiências e com proposições de ações. Foram apontados vários desafios para as crianças e adolescentes durante a Roda de Conversa, como a necessidade de avançar na educação do campo e no campo, no diálogo com a família, inserção desses sujeitos no MSTTR e em outros espaços e no combate ao trabalho infantil. Avalio de forma bem positiva essa parceria entre as Secretarias de Jovens e a de Políticas Sociais da CONTAG para trabalhar essa pauta da inserção das crianças e adolescentes no MSTTR, fortalecendo a questão da sucessão rural e a agricultura familiar como um todo, avalia a secretária de Jovens da CONTAG, Mônica Bufon.
A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, também reconheceu a importância dessa Roda de Conversa para avançar na representação e representatividade sindical. Estamos em uma caminhada e esse passo que demos hoje foi muito significativo. Foi desafiador pensar e realizar essa Roda de Conversa, mas é bem gratificante ver que é possível sim garantir espaço para que as crianças e adolescentes falem e que sejam ouvidos(as), afinal, são sujeitos de direitos. A dirigente ainda completou que a CONTAG está em processo de planejamento da Gestão 2021-2025 e que a pauta da diversidade está vindo com muita força, incluindo as temáticas das crianças e adolescentes.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi