Foi no ano de 2015 que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou ao mundo os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), um conjunto de metas a serem alcançadas globalmente para solucionar problemas sociais e obter desenvolvimento socioeconômico de maneira sustentável ao planeta. Devido ao prazo estabelecido para alcança-las, isso também ficou conhecido por Agenda 2030. E faltando apenas seis anos para a data, ainda percebe-se muito a se fazer.
Jovens e crianças estão entre as pessoas com grande interesse de que os ODS sejam alcançados, na perspectiva de terem um mundo melhor e mais igualitário para viverem, especialmente no futuro. E foi para olhar com mais atenção para as opiniões e contribuições que essas gerações têm para a pauta, que foi promovida a reunião do Fórum de Crianças e Jovens da América Latina e do Caribe 2030, nos dias 14 e 15 de abril, em Santiago do Chile, no âmbito do 7º Fórum dos Países Latino-Americanos e Caribenhos sobre Desenvolvimento Sustentável.
O encontro reuniu diferentes movimentos e organizações que representam meninas, meninos, adolescentes e jovens desta região, junto a agências da ONU e autoridades governamentais, em busca de promover a escuta dos pontos de vista da juventude sobre os problemas presentes e as perspectivas para o futuro. E de alguma forma conectá-los com as práticas políticas dos governos e as ações das agências engajadas no cumprimento do desafio da Agenda 2030.
Levando as mensagens da juventude rural para este contexto, esteve a COPROFAM, que representa milhões de agricultores e agricultoras familiares na região do Mercosul Ampliado, e a CONTAG, principal organização representativa da agricultura familiar no Brasil e afiliada da COPROFAM. Ambas organizações foram representadas por Mônica Bufon, secretária de Juventude Rural da CONTAG.
O Fórum optou por focar em cincos dos 17 ODS, que são:
1 - Erradicação da fome
2 - Fome zero
13 - Ação Climática
16 - Paz, Justiça e Instituição Solidária
17 - Parcerias e meios de implementação
Norteados por essas metas, os/as participantes fizeram debates sobre os avanços, retrocessos e desafios enfrentados em cada tema, a partir dos dados apresentados pelas agências. Também trabalharam em grupos, para compartilharem as percepções sobre o tema na realidade de cada país, e tiveram momentos para socializar os resultados desses trabalhos.
“Estar neste espaço foi muito importante e estratégico pra nós enquanto juventude brasileira e latino-americana, pois fomos ouvidos por autoridades importantes. Foi uma oportunidade de nos unirmos e fortalecermos para impulsionar cada vez mais esses Objetivos colocados pela ONU, que são tão importantes para garantir um futuro com dignidade e oportunidade para todas as pessoas do mundo, em especial aos jovens e crianças”, comenta Mônica Bufon sobre a atividade.
As representações envolvidas do Fórum trabalharam conjuntamente em uma Declaração que aborda os principais temas e propostas discutidos nestes dois dias. Espera-se que o documento sirva de insumo para nortear ações práticas de implementação da Agenda 2030.
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