Analisar a conjuntura política e econômica, bem como as consequências para o Programa Nacional do Crédito Fundiário (PNCF) e a Reforma Agrária são alguns dos objetivos do Encontro de Polo do Projeto de Capacitação sobre Reforma Agrária e PNCF do Distrito Federal, que acontece nos dias 19 e 20 de maio, no CESIR/CONTAG, em Brasília.
A atividade também visa discutir a articulação das políticas públicas para o fortalecimento dos projetos de Assentamentos e Unidades Produtivas do PNCF; apresentar os marcos regulatórios do crédito fundiário; socializar experiências de Unidades Produtivas do Estado; e avaliar as ações de reforma agrária e do PNCF e propor medidas que qualifiquem a execução das ações, bem como o processo de mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na região para fazer avançar essas políticas.
Participam do encontro beneficiários(as) do PNCF, assentados(as) da reforma agrária e trabalhadores e trabalhadoras rurais com interesse de acessar estas políticas.
A abertura política do Encontro contou com falas do presidente da FETADFE, Romilton José Machado, dos demais diretores e diretoras da Federação, e do secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier.
Romilton deu as boas vindas aos participantes e falou da importância de a CONTAG e a Federação realizarem juntas esta atividade, levar informações para a base e ouvir o sentimento dos trabalhadores.
Cláudia Farinha, secretária de Políticas Sociais da FETADFE, destacou o fato deste ser o 2º Encontro que a Federação está discutindo a reforma agrária e o crédito fundiário com a base. “Estamos com boas expectativas para esses dois dias de debates”.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Zenildo Pereira Xavier, ressaltou que a FETADFE sempre está presente nas ações locais e nacionais, principalmente em defesa da reforma agrária. “Vamos discutir neste encontro o crédito fundiário e a reforma agrária, principalmente a partir dos grandes desafios com o atual cenário político e econômico no Brasil. Precisamos conhecer a situação das famílias, os problemas e o que precisa melhorar nas políticas”.
Em seguida, Zenildo também fez uma análise de conjuntura para os participantes. O dirigente destacou que o Brasil sofre o impacto de uma crise econômica mundial, agravada pela crise política. “O golpe no Brasil não aconteceu pelos erros do Governo Dilma e sim pelos acertos, com a implementação de muitas políticas sociais e medidas voltadas para o desenvolvimento rural e o fortalecimento da agricultura familiar.”
Zenildo fez questão de destacar a onda machista vivenciada no Brasil a partir do Governo interino de Michel Temer. “O machismo dificulta muito a participação política das mulheres, e isso também pode ser identificado no movimento sindical. Admiro as mulheres pela extensa jornada que exercem: trabalho, cuidar da casa e dos filhos, e ainda dedicam-se à participação política ou no MSTTR.”
Por fim, Zenildo reforçou a importância do voto e de acompanhar o desempenho dos parlamentares. “O voto é muito importante, bem como debater política. Não podemos ser manipulados pela mídia, que ajudou a concretizar o golpe no Brasil. Acabar com o Governo Dilma é, sobretudo, acabar com as políticas sociais, abrir para uma reforma da previdência e criminalizar os movimentos sociais. Esse governo golpista já dá amostras disso com o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e anulando as medidas anunciadas no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar”.
FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi