Durante os 24 meses que estiverem estudando, os jovens trabalhadores rurais com 75% de freqüência ainda receberão auxílio de R $100 a cada dois meses. Para Elenice Anastácio, coordenadora da Comissão Nacional de Jovens, a iniciativa é um ganho para a juventude do campo. "Será uma oportunidade de ampliar o atendimento aos jovens e o período de qualificação e capacitação." Apesar da ampliação da meta, Elenice questiona a periodicidade diferenciada do auxílio. "Por que a bolsa para o jovem urbano é mensal e a do rural é a cada dois meses?", contesta. Segundo ela, o assunto precisa ser conversado melhor com o governo federal. Outra mudança que beneficiará o jovem rural será o Projovem Trabalhador. O programa, que unifica o Consórcio Social da Juventude, Juventude Cidadã e Escola de Fábrica, visa à qualificação profissional, desenvolvimento humano e facilitar a inserção do jovem no mundo do trabalho. Para Elenice, a mudança será um desafio. "Vamos negociar com o governo federal a ampliação do programa para o meio rural". Na meta de 1.003.848 vagas previstas e apresentada, não ficou claro quantos atendimentos serão disponibilizados para o rural e o urbano. Programa O Projovem foi criado a partir da integração de seis programas já existentes - Agente Jovem, Saberes da Terra, Projovem, Consórcio Social da Juventude, Juventude Cidadã e Escola de Fábrica. A idéia é reintegrar o jovem em situação de vulnerabilidade social ao processo educacional e promover sua qualificação profissional assegurando acesso às ações de cidadania, esporte, lazer e cultura. O Projovem terá uma gestão compartilhada entre a Secretaria-geral da Presidência da República e os ministérios do Trabalho e Emprego, da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Elenice acredita que esse será um desafio para o controle da sociedade civil. O programa terá quatro modalidades: Adolescente, Urbano, Campo e Trabalhador e atenderá jovens de 15 a 29 anos de idade. Nos próximos três anos a previsão é que sejam investidos R$ 5,4 bilhões. Segundo o presidente Lula, o programa tem a cara e o cheiro da solidariedade. "O estado precisa cuidar de quem precisa", finalizou o presidente. Fonte: Erika Meneses Agência Contag de Notícias