O presidente da Federação, Elton Weber, está em Brasília hoje (15) para pedir recursos ao governo federal a fim de desafogar os estoques de leite. Também quer apoio governamental para o estabelecimento do preço mínimo do produto em R$ 0,47 por litro.
Ontem (14) a Comissão Estadual do Leite da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag/RS) discutiu a situação do setor leiteiro gaúcho. A Fetag também entregou na Assembléia Legislativa proposta de projeto de lei para regulamentar os preços máximos e mínimos a serem pagos ao produtor.
Nos últimos três meses, os valores pagos pelas indústrias aos produtores vêm sofrendo sucessivas quedas. As empresas fazem diferenciação de produtores: pagam mais para alguns em detrimentos de outros pela mesma qualidade e volume de leite. Quem entrega grande volume do produto acaba ganhando mais do que os que produzem menos.
O diretor-tesoureiro da Fetag/RS, Amauri Miotto, disse que o produtor não está sendo respeitado. "Sabemos que o momento é de crise, mas só os produtores estão sendo penalizados. Foram estimulados a produzir e agora não têm mercado", justifica Miotto.
Agenda - A Fetag/RS acompanhará no dia 20 a reunião do Conseleite para verificar se os dados consolidados justificam a queda no preço pago ao produtor. Weber preocupa-se com as baixas dos preços, que podem chegar em algumas regiões até R$ 0,15 em relação a setembro. No encontro da Comissão, produtores disseram que algumas indústrias afirmam que reduzirão os valores entre R$ 0,06 a R$ 0,12.
A Comissão do Leite voltará a se reunir com o Sindilat e indústrias filiadas ainda neste mês. Discutirão garantias de que não haverá novas baixas no valor pago ao produtor. Se o compromisso não for fechado, o presidente da Fetag/RS avisa que os produtores farão grande mobilização.
Com informações da Fetag/RS FONTE: Fernanda Peregrino, Agência Contag de Notícias