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RORAIMA
Planta considerada praga pode se tornar biocombustível em 2007
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05 de Janeiro de 2007

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Uma planta considerada por muitos agricultores como ?praga?, por ser invasora de pastagens, poderá ajudar na geração de energia elétrica para comunidades isoladas da Amazônia. Trata-se da Inajá( Maximiliana maripa (Aublet) Drude), uma palmeira da Amazônia, que terá seu óleo aproveitado para operação em uma usina de biocombustível para geração de energia, que será implantada em Roraima, em março de 2007.

A usina será implantada como resultado de uma parceria entre a Embrapa Roraima, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Instituto Militar de Engenharia (IME). A ação faz parte de um projeto piloto do IME para geração de energia com oleaginosas da Amazônia em comunidades isoladas de fronteira, que conta com recursos da FINEP e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Inicialmente a usina vai operar com óleo in natura de inajá, mas é possível que se façam testes com óleos de outras plantas.

A princípio, a produção prevista para a usina de biocombustível em Roraima será de quatro mil litros de óleo refinado, por mês, o suficiente para atender uma comunidade de até quarenta famílias. A usina será instalada no Campo Experimental Serra da Prata, da Embrapa Roraima, em Mucajaí (RR) e é composta por dois módulos. Um serve para extração de óleo e está sendo fabricado em São Paulo. O outro , projetado pelo IME, é para o refino do óleo e virá do Rio de Janeiro. Durante os meses de janeiro e fevereiro, serão encaminhadas as providências para transporte e montagem da usina que entra em operação no mês de março, segundo previsão do IME.

O engenheiro químico do IME, Luiz Eduardo Pizarro Borges, assessor do projeto, informou que a usina em Roraima terá capacidade para até 16 mil litros por mês, mas o alcance desse potencial vai depender de vários fatores, como a disponibilidade de matéria-prima e o envolvimento da comunidade no processo. ?É fundamental o envolvimento da comunidade para que ela perceba a geração de energia como possibilidade de geração de renda?, afirmou Luiz.

Um dos fatores para Roraima ter sido escolhida como projeto piloto para comunidades de fronteira foi, além da localização geográfica, a atuação da Embrapa na pesquisa com oleaginosas potenciais para biocombustíveis.

Dois pesquisadores da Embrapa Roraima trabalham nessa linha. O pesquisador Oscar José Smiderle estuda características agronômicas de plantas oleaginosas com potencial para biodiesel, enquanto o pesquisador Otoniel Ribeiro Duarte está concluindo o doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) com uma pesquisa sobre o uso agroindustrial do Inajá.

De acordo com informações disponíveis na Embrapa Roraima, o Inajá é uma planta que tem suas sementes dispersas por diversos animais, resiste ao fogo e rebrota nos locais onde ocorrem queimadas para preparação de roçados ou plantio de pastos. As sementes de inajá fornecem alto teor de óleo. De acordo com os estudos já realizados, o inajá também apresenta potencial econômico para fabricação de ração animal para peixes, aves e suínos. FONTE: Embrapa



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