Auditório lotado e atento aos temas das mesas de debate deste quarto dia da 6ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais. A primeira mesa tratou da “Organização e Estrutura Sindical”, na qual a secretária de Mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, e a secretária de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), Divina Rosa da Cruz, falaram sobre o processo de reorganização sindical, no contexto de representação específica da CONTAG da agricultura familiar, considerando a perspectiva das mulheres e o apoio à luta das assalariadas.
Na segunda mesa de debate, Alessandra Lunas e a representante da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Carmen Silva, falaram sobre “Democracia Interna e Participação dos Sujeitos – Paridade Rumo à Igualdade”, onde analisaram os desafios que as trabalhadoras rurais já enfrentaram, e ainda enfrentam, para garantir espaço e participação qualificada nos espaços de decisão do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR).
A 6ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais é uma das etapas de preparação para o 12º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (12º CNTTR), que será realizado em março de 2017, no qual será eleita a nova diretoria da CONTAG e quando serão deliberados os rumos da luta do MSTTR até 2021. Nesta semana, as mulheres analisam o texto base do 12º CNTTR tendo como viés os pontos importantes para a luta das mulheres tanto dentro do movimento sindical quanto no contexto político, econômico e social do País e do mundo.
“Temos que estar mais unidas do que nunca, pois o atual contexto nacional e internacional é de fortalecimento das forças conservadoras, machistas, racistas, homofóbicas, intolerantes. As mulheres precisam ser ainda mais firmes na luta pela paridade, não para ser igualmente exploradas pelo sistema capitalista e patriarcal, mas para garantirem a transformação do mundo em um lugar mais justo, igualitário, solidário”, afirmou Carmen Silva.
Para Alessandra Lunas, a paridade é um dos instrumentos para alcançarmos o objetivo final: a igualdade verdadeira entre homens e mulheres, para que os dois gêneros tenham oportunidades iguais de atuar e mudar a realidade. “A paridade não é apenas número, ela significa uma nova relação sindical, é preciso agir efetivamente para que as mulheres participem em todas as instâncias, desde o sindicato, passando pela Federação e até a Confederação. A organização deve ser feita de modo a incluir as mulheres, pois elas não são apenas militantes: são também mães, têm obrigações familiares e pessoais, assim como os homens. A igualdade tem que chegar também dentro de casa, na divisão das tarefas domésticas e cuidado com os filhos. A paridade é o caminho para uma mudança na sociedade”, afirmou a secretária de mulheres da CONTAG. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto