Cerca de 104 pessoas, de diferentes estados brasileiros, participaram da Oficina Nacional de Comunicação Popular e Tecnologia da Informação, durante os dias 23 a 25 de abril, no auditório Margarida Alves da CONTAG, em Brasília. O motivo que mobilizou os/as participantes foi a capacitação sobre o uso das tecnologias da informação nos processos de comunicação popular.
“Eu chego aqui feliz por saber o esforço que as federações fizeram para mobilizar cada um de vocês, que assumiram o compromisso de estarem aqui durantes esses três dias. Pra se deslocar para participar desta oficina é preciso de muita motivação. Então, estar aqui também é reconhecer a importância da comunicação popular e do trabalho da CONTAG”, afirma o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
A oficina foi elaborada no intuito de agricultores/as rurais, dirigentes, lideranças sindicais, funcionários/as e assessores/as que trabalham na comunicação serem capacitados e ampliar a compreensão sobre o fazer da comunicação; formar educadores/as e comunicadores/as; fortalecer a Rede de Comunicadores e Comunicadoras Populares; construir estratégias para a atuação em rede; e conhecer e mapear as experiências de comunicação popular desenvolvidas no país.
“Dizem que temos o Poder Legislativo, Executivo e Judiciário e a comunicação como se fosse um 4º Poder. Então, nós enquanto movimento sindical temos que procurar cada vez mais desenvolvimento e essa oficina é mais um passo. Ver tantas pessoas, sobretudo, jovens, é importantíssimo para juntar as experiências, a inovação e cada vez mais nos unir”, finaliza o dirigente.
Experiências de Comunicação Popular do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais
A oficina teve diferentes etapas, como acolhida dos/as participantes, momentos para reflexão, análise da conjuntura política da CONTAG, apresentações sobre engajamentos nas redes sociais, entre outros. E um dos pontos chaves do encontro foi o intercâmbio de experiências de comunicação popular nos estados.
Representantes de Federações e Sindicatos puderam compartilhar o que está sendo feito na comunicação, estimular o desenvolvimento de iniciativas de comunicação popular e mapear experiências.
“Entendemos que o comunicar é primordial para que os nossos agricultores e agricultoras familiares possam saber quais são as políticas públicas que o movimento vem fazendo e um pouco da luta para que eles possam se sentirem representados na FETAGRO”, compartilha o jovem agricultor e comunicador popular, Wilians Santana.
O secretário de Jovens da FETAGRO e vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Miguel do Guaporé, Wilians Santana, é responsável pelo setor de comunicação na Federação de seu estado e compartilha que o conhecimento adquirido durante os três dias auxiliará a levar informação para a base.
“É de suma importância para nós estarmos aqui nesta oficina porque proporciona conhecimento para trabalhar no movimento sindical. Nós, enquanto sistema confederativo, CONTAG, FETAGs e Sindicatos, representamos o agricultor e agricultura familiar. Então, é importante que saibamos como fazer a informação chegar na base e, para nós, enquanto jovens, estarmos inseridos nesse processo de comunicação”, finaliza Wilians Santana.
As representantes da Comissão Estadual de Comunicação da Fetag-RS, Tamara Becker e Brenda Ketlyn Kehl, também estiveram presentes na Oficina Nacional de Comunicação Popular e Tecnologia da Informação e compartilharam um pouco sobre como está a comunicação no estado.
“Na minha opinião, o desafio hoje é que a nossa comunicação seja efetiva, que realmente chegue ao agricultor e agricultora de uma forma que seja compreensível e que o agricultor se identifique. E na oficina a gente aprendeu sobre ferramentas e também tivemos trocas de experiências com o pessoal. Vimos como outros estados também estão trabalhando nessa área de divulgação para cada vez mais chegar ao agricultor e tornar a comunicação cada vez mais popular”, compartilhou Tamara Becker.
A sindicalista Brenda Ketlyn Kehl contou que “com a Comissão estamos conseguindo desenvolver cada vez mais ações e, inclusive, a gente se inspirou na CONTAG a trabalhar a política de comunicação. Estamos estudando, chamando profissionais para ajudar a gente a entender um pouco mais sobre comunicação popular, o que é e qual é a finalidade dela. Agora, lá na federação, a gente está fazendo levantamento nas Comissões para eles contribuírem com esse processo”.
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