Carregados de esperança por respeito e visibilidade, cerca de 200 pessoas do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) participaram do I Seminário Nacional LGBTQIAPN+ do MSTTR, realizado na manhã desta quinta-feira (31), remotamente.
A secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mônica Bufon, que iniciou as falas, agradeceu a presença de todos e afirmou “hoje é um dia histórico para o nosso movimento sindical e eu gostaria de agradecer a cada um de vocês que está presente. Hoje marca o grande momento de inicio da construção, com mais afinco, da pauta LGBTQIAPN+ dentro do MSTTR, inclusive para que possamos colocar dentro das reivindicações do nosso Grito da Terra, da Marcha das Margaridas e do Festival da Juventude como reconhecimento desses sujeitos do campo, das florestas e das águas.”
A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, compartilhou que “precisamos acolher as pautas das diversidades, que são sujeitos que protagonizam a agricultura familiar e que estão no meio rural. Para fortalecer o nosso movimento, precisamos avançar na representatividade e não há como sem considerar a diversidade, porque é o que nós somos hoje. Nós somos diversos espalhados pelo Brasil afora, enfrentando dificuldades, desafios, alimentando e reafirmando que um mundo melhor é possível.”
Este primeiro seminário foi um momento de construção entre dirigentes, assessorias e participantes do Grupo de Trabalho de Diversidade, formado por pessoas da CONTAG, das Federações, Sindicatos e agricultores e agricultoras associados/as ao Sistema Confederativo.
Em sua fala, a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais, explanou que “a nossa expectativa é que este seminário seja, de fato, o início de um novo ciclo. Certamente ele já deixa a sua marca na história do movimento sindical. Porque ele expressa a nossa diversidade, somos pessoas cis, héteros, travestis, transexuais e outros sujeitos, e precisamos nos somar para que consigamos fazer fluir melhor a nossa luta, principalmente diante de um cenário político incerto e desafiador.”
O pedagogo, mestre em Educação e 1º suplente de deputado federal, Erivan Hilário (Ruth Venceremos) partilhou com os participantes reflexões sobre a conjuntura e a luta LGBTQIAPN+ e destacou a importância do debate LGBTQIAPN+ dentro do MSTTR ser protagonizado por esses sujeitos.
“Precisamos romper o estereótipo sobre o campo, mas também sobre quem são as pessoas LGBTQIAPN+. É preciso ampliar o debate interno na organização para entender que a luta pela liberdade sexual e de gênero é parte da luta pelo novo projeto de campo e de país. Temos que pensar estratégias de sensibilização para o debate e conquistar aliados”, explicou Erivan Hilário.
Ainda, foi feita uma divisão entre os participantes por região para indicação de nomes para compor o Coletivo Nacional LGBTQIAPN+ e elaborar propostas as serem trabalhadas, dentre elas foram citadas: fortalecer a comunicação para disseminação de informações sobre os sujeitos LGBTQIAPN+, intensificar formação com os dirigentes da CONTAG, Federações e Sindicatos, produção materiais educativos e informativos sobre o tema; entre outros.
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