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DIVERSIDADE
“Ser um sujeito LGBTQIAPN+ hoje, na roça, é um sinal de resistência e de resiliência”
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27 de Junho de 2025


Lis Morello
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Junho é o mês do Orgulho LGBTQIAPN+, período dedicado a celebrar a luta e as conquistas desta comunidade e de promover a conscientização sobre a importância do respeito e da inclusão. A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) também tem como uma de suas bandeiras de luta garantir direitos e dar visibilidade à população LGBTQIAPN+ no campo, na floresta e nas águas. 

Você sabe o que significa a sigla LGBTQIAPN+? 

L – Lésbicas; 

G – Gays; 

B – Bissexuais; 

T – Trans; 

Q – Queer;

I – Intersexuais; 

A – Assexuais; 

P – Pansexuais; 

N – Não-binários; 

+ – outras identidades que compõem essa diversidade. 

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+ é celebrado em 28 de junho em memória à Revolta de Stonewall, ocorrida em 1969, em Nova York, e foi um marco da luta por direitos civis dessa comunidade. No Brasil, a data vem ganhando força nas últimas décadas como símbolo de resistência, dignidade, visibilidade e combate à violência e à discriminação. 

O jovem agricultor familiar, do estado de Rondônia, que é dirigente da FETAGRO e do STTR de São Miguel do Guaporé, Wilians Santana, destaca que ser um sujeito LGBTQIAPN+ hoje, na roça, é um sinal de resistência e de resiliência frente aos enormes desafios enfrentados diariamente. “Acima de tudo, é um ato político de enfrentamento ao medo e de luta pelo direito de sermos e existirmos enquanto sujeitos LGBTQIAPN+ no campo, nas florestas e nas águas, afirmando e reafirmando o nosso direito de existir, de produzir, de amar e de transformar as bases conservadoras no meio rural.” 

Wilians reforça que, diante dos desafios diários, seja das piadas de mau gosto, na falta de informações ou até mesmo de desinformação, do preconceito sentido na pele, é preciso estar organizado coletivamente. “Que estejamos organizados coletivamente nos nossos sindicatos, na federação, na confederação, nas nossas comunidades, escolas, rodas de conversas, fazendo a construção da contra narrativa e mostrando o potencial que nós, enquanto sujeitos, temos no dia a dia da produção sustentável, do cuidado com o meio ambiente, na construção e fortalecimento da agricultura familiar. Até porque, a agricultura familiar, quem não vive dela, depende dela para viver.”

Nesse sentido, nos últimos anos, nos espaços de formação política e de deliberação, os sujeitos do campo LGBTQIAPN+ tem cobrado da CONTAG maior visibilidade às suas pautas e a implementação de ações de enfrentamento ao preconceito e violência. Com o intuito de criar condições de escuta, diálogo, proposição e construção de ações com a participação desses sujeitos, a CONTAG criou um Grupo de Trabalho da Diversidade, com a participação de representantes da CONTAG, de Federações e de Sindicatos de todo o Brasil. A partir desse GT foi realizado um diálogo mais amplo para a construção do Coletivo Nacional LGBTQIAPN+ do MSTTR. 

“A necessidade de avançar nessa visibilidade do público LGBTQIAPN+ como sujeitos da luta na agricultura familiar foi reafirmado no 14º Congresso da CONTAG. E esse é um passo fundamental que precisamos dar no sentido de reconhecer o protagonismo político dessas pessoas, uma vez que estão presentes na base social do movimento sindical e na militância”, destaca a secretária de Jovens da CONTAG, Dalilla dos Santos. 

Para a dirigente, hoje, ter um coletivo formado e celebrar essa data do Orgulho LGBTQIAPN+ faz parte de um momento histórico e abre espaço para intensificar as discussões sobre a forma de tratar a orientação sexual e a identidade de gênero no movimento sindical.  

Inclusive, uma reflexão que vem sendo feita na CONTAG é que a pauta da diversidade é transversal e precisa estar inserida na luta por reforma agrária, agroecologia, acesso à terra, saúde, educação e trabalho digno. Assim como, a luta por uma sucessão rural sustentável passa por garantir que todas as pessoas possam viver e amar no campo com liberdade e respeito. 

A secretária de Mulheres da CONTAG, Melissa Vieira, reforça que esse mês é estratégico para reafirmar que o campo é lugar de todos os amores, de todas as cores e de todas as lutas. E mais: é de luta contra o conservadorismo e todo o tipo de preconceito. “A luta da CONTAG em defesa da pauta das pessoas LGBTQIAPN+ do campo é uma postura concreta de enfrentamento ao conservadorismo que perpetua todo tipo de preconceito, opressão e desigualdade. Quando a CONTAG dá visibilidade a essa pauta, ela não está apenas defendendo um segmento: está enfrentando uma estrutura histórica e ideológica que exclui, silencia e marginaliza qualquer corpo, identidade ou amor que fuja da norma imposta pelo patriarcado, pelo machismo e pela heteronormatividade. Assumir essa bandeira no meio rural, historicamente marcado por fortes traços conservadores, é um ato de coragem e coerência com os princípios da justiça social e dos direitos humanos.” 

Melissa diz ainda: “A presença e a resistência das pessoas LGBTQIAPN+ no campo mostram que a diversidade também semeia, colhe e constrói soberania alimentar, agroecologia e sucessão rural. E mostram que um campo justo é, necessariamente, um campo onde todas as identidades são respeitadas.”

Orgulho LGBTQIAPN+: por um campo livre de preconceitos!

Por Verônica Tozzi - Assessoria de Comunicação da CONTAG



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