Neste 12 de agosto, data que marca o aniversário de 39 anos do assassinato de Margarida Maria Alves, líder sindical símbolo de luta e resistência das mulheres do campo, da floresta e das águas e que dá nome à Marcha das Margaridas, foi realizado o Ato Político “Margaridas nas eleições para fazer florescer a Democracia”. O ato foi virtual, transmitido pelas redes sociais da CONTAG, e, na ocasião, as Margaridas lançaram a Carta-Compromisso para Candidatas e Candidatos às Eleições 2022.
Esta Carta-Compromisso é fruto de diálogos estabelecidos com organizações e movimentos sociais, articulados em torno da Marcha das Margaridas a partir de uma Plataforma Política construída coletivamente, e que revela os sonhos das Margaridas, os seus quereres e a utopia que as move em direção à transformação da sociedade. Ao longo do último mês, já são várias as adesões em todo o País.
A Carta destina-se a candidatas/os nas eleições federal e estaduais de 2022. Ela apresenta um conjunto de proposições que as Margaridas consideram fundamentais para seguirem marchando no sentido da transformação e (re)construção de um Brasil soberano, democrático, justo e livre de violência, tendo como objetivo promover o debate público durante o processo eleitoral e subsidiar a ação dos poderes Executivo e Legislativo federal e estadual.
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SOBRE O ATO POLÍTICO
O Ato Político “Margaridas nas eleições para fazer florescer a Democracia” foi apresentado pela secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora da Marcha das Margaridas Mazé Morais, e pela companheira Lyvian Sena, funcionária da Confederação e atriz da Cia Burlesca.
A Carta-Compromisso foi apresentada pela assessora da Secretaria de Mulheres, Vilênia Porto, e pela Sônia Coelho, da Marcha Mundial das Mulheres.
O Ato também contou com a participação de convidadas especiais:
Marcela Vieira – Educadora popular, economista, assessora na Cáritas Brasileira na economia popular solidária, Rede Jubileu Sul Brasil, articulação Brasileira da Economia de Francisco e Clara.
Deborah Duprat – Advogada com longa trajetória na defesa dos direitos humanos, membro do Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade da SBPC e juíza do Tribunal Permanente dos Povos, foi subprocuradora-geral da República.
Emma Siliprandi – Feminista, agroecóloga, pesquisadora social e professora do Curso de Agroecologia da Universidade Internacional da Andaluzia.
Elisabetta Recine – Docente e coordenadora do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição da UnB, integrante da Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional.
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Na sequência, o presidente da CONTAG, Aristides Santos, deixou a sua mensagem de apoio do movimento sindical à Carta-Compromisso e de valorização deste importante Ato Político também em memória à companheira Margarida Alves e de reafirmação da luta e da força da Marcha das Margaridas.
E o secretário de Formação e Organização Sindical da CONTAG, Carlos Augusto (Guto), destacou o aniversário de 16 anos da ENFOC, no próximo domingo (14), que também é uma conquista na luta das mulheres por formação política e por transformação social.
Finalizando o Ato, houve um momento emocionante de adesão da Carta-Compromisso por duas companheiras margaridas: Alessandra Lunas e Carmen Foro, ambas foram secretárias de Mulheres da CONTAG e coordenadoras de Marchas das Margaridas anteriores, agora candidatas a uma vaga no Parlamento.
“A Carta-Compromisso revela os nossos sentimentos, a nossa utopia, tudo o que nos move em direção à transformação de uma sociedade mais justa, igualitária e democrática. Estamos muito felizes com a adesão de diversas candidatas e candidatos. Depois de eleitas e eleitos, estaremos cobrando todas essas proposições e fazendo uma construção coletiva. Seguiremos em Marcha até que todas sejamos livres”, destacou Mazé Morais.
Margarida Alves, vive!
Foto: Marcos Pereira dos Santos
Fonte: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi