“É no campo que arrumamos a mesa.” E fortalecer quem produz comida é essencial para garantir qualidade de vida, progresso nos territórios e assegurar alimentos saudáveis para o amanhã. Pensando nisso, nasce o Mãos da Transição, um movimento com o objetivo de inspirar a adoção de práticas responsáveis para fortalecer a transição agroecológica no Brasil.
O projeto colaborativo e participativo tem em vista, principalmente, a juventude do campo, que é a força que une o conhecimento, a tecnologia e as boas práticas o desenvolvimento sustentável. Assim, serão contadas sete histórias de jovens produtores e produtoras rurais, aplicando práticas sustentáveis em suas terras.
O primeiro episódio, lançado hoje (11), contou a história do Willians Santana, um jovem agricultor familiar de 26 anos que transformou a produção da sua propriedade, a Chácara Nossa Srª de Nazaré, em Rondônia. Juntando sua dedicação ao apoio financeiro que ele conseguiu para a transição.
Willians e sua família adotam práticas responsáveis como o Sistema Agroflorestal, o quintal produtivo e a recuperação de áreas degradadas. Segundo ele, os efeitos são perceptíveis, com um ecossistema mais equilibrado e novas promessas de renda.
“Enquanto jovem, participar desse projeto foi essencial para poder mostrar um pouquinho do dia a dia ali na nossa propriedade. Eu sou a quarta geração de agricultores e agricultoras que sempre morou na propriedade dos outros, que trabalha fazendo roça para os outros e tem a porcentagem que é destinada do patrão. Então, quando conseguimos comprar o nosso primeiro pedaço de terra, eu começo a me entender por gente, digamos assim, né? Eu começo a ter sempre esses sonhos revolucionários”, contou o agricultor familiar.
As principais ações do movimento Mãos de Transição são de:
Mostrar e inspirar: Dar visibilidade para histórias de produtores que estão na transição para inspirar uma maior adoção de práticas regenerativas.
Fortalecer organizações: Fortalecer grupos e organizações que trabalham para fomentar práticas saudáveis na agricultura.
Engajar atores: Conectar e engajar produtores rurais, organizações e governo para melhorar as políticas públicas para agricultura familiar no Brasil.
A secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, explica que a CONTAG se somou ao projeto Mãos da Transição por entender a importância do movimento para disseminação de informações.
“Nos somamos a este projeto externo, enquanto CONTAG, por entender a importância de furar um pouco a nossa bolha, nos relacionar com outras entidades, acreditar na importância do projeto e saber do potencial positivo que a capilaridade do nosso movimento tem. Então, estamos nos somando e com muitas expectativas”, compartilhou.
A secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mônica Bufon, avalia que a transição agroecológica, com a utilização de boas práticas, será possível através das mãos da juventude do campo, da floresta e das águas.
“Um dos nossos principais pontos é afirmar que acreditamos que a transição para um mundo melhor passa pelas mãos da juventude rural e pela discussão sobre práticas sustentáveis e agroecologia, que é um modo de vida. Nós entendemos que os nossos jovens da agricultura familiar brasileira são as mãos da transição nesse momento”, compartilhou.
Mãos da transição que plantam hoje pra colher amanhã. Conheça, adote e lute pelas práticas responsáveis na agricultura familiar e na pecuária. Juntos podemos construir um amanhã mais longo e saudável.
Todos os vídeos serão publicados nas redes do Mãos da Transição (Instagram e Youtube).
Juntos, podemos fazer do Brasil um exemplo de sustentabilidade, e tudo começa com as suas mãos.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG