A chegada das caravanas de produtores gaúchos de tabaco a Punta del Este, na manhã de hoje (17), organizadas pela Fetag-RS e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais das regiões produtoras foi destaque nos meios de comunicação que fazem a cobertura da 4ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 4). Mais de 140 agricultores se juntaram à delegação brasileira e promoveram uma manifestação em frente à entrada principal do Hotel Conrad, onde se realiza a conferência. Segundo o secretário-geral da International Toobac Associated Grupe (ITGA), Antonio Abronhosa, a representação brasileira organizada Fetag-RS simbolizou a preocupação mundial das famílias que dependem desta atividade para sobreviver e foi fundamental para que os produtores fossem ouvidos na Conferência, mesmo do lado externo ao hotel. A mobilização dos agricultores brasileiros também foi decisiva para que uma comissão de produtores fosse recebida pelo presidente do Secretariado da COP-4, Haik Nikogosian, momento em que recebeu das mãos do presidente da ITGA, Roger Quarles, um abaixo-assinado com mais de 238 mil assinaturas de produtores de todo mundo, muitas delas de brasileiros, no qual solicitam o direito de continuar produzindo tabaco, uma vez que é a principal fonte de renda para a sobrevivência de suas famílias. O 1° tesoureiro da Fetag-RS, Nestor Bonfanti, disse que a mobilização dos produtores brasileiros, mesmo sendo pacífica e ordeira, chamou a atenção das delegações estrangeiras presentes na COP-4 e foi imprescindível para que a visão dos agricultores pudesse ser manifestada. Já o assessor de Política Agrícola da Fetag-RS, Airton Hochscheid, que acompanha a Conferência deste a abertura oficial na última segunda-feira, lembra que todas as discussões têm sido na ótica da Saúde Pública e que os produtores, até então, não haviam tido a oportunidade de manifestar a sua posição. Ele considera a mobilização organizada pela Fetag-RS como um marco nas discussões sobre o Tabagismo, uma vez que demonstra que o direito à saúde não existe sem que se tenha o direito ao trabalho e a uma vida digna. FONTE: Comunicação da Fetag-RS