A Presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Socorro Souza, esteve ontem, dia 8, na cerimônia de lançamento do Pacto Nacional pela Saúde no Palácio do Planalto em Brasília. Entre os eixos de atuação do Pacto estão as questões “de investimentos em estruturas físicas, como a construção de unidades de saúde, hospitais e reforma dos já existentes em situações precárias, a questão do incentivo à formação de médicos, criando faculdades de medicina e ampliando vagas principalmente para os jovens oriundos de regiões carentes e do interior e o esforço imediato para suprir a falta de médicos”, salientou a Presidenta Dilma. O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou o pacto e ressaltou que haverá a busca de médicos estrangeiros caso não se preencham as vagas com médicos brasileiros observando critérios como o conhecimento da língua portuguesa. A Presidenta do CNS, Socorro Souza, elogiou ações do governo como o anúncio de mais investimentos na área da saúde, que segundo ela, “está em sintonia não só com o clamor da rua, mas em consonância com as pautas das Conferências de Saúde e as demandas do Controle Social”. Mesmo assim, a Presidenta do CNS ressaltou que o SUS precisa de investimentos de forma planejada de médio e longo prazo. “Nossa expectativa é que a gente consiga chegar aos 10% da receita corrente bruta da União para a saúde pública”. Entre outras ponderações, como a busca pela igualdade entre a população brasileira, Socorro Souza, apontou a necessidade de uma política de regulação que valorize outros profissionais da saúde, além do médico, principalmente os profissionais que atendem na atenção básica. Por fim, Socorro manifestou a posição contrária do CNS em relação ao Ato Médico pedindo à Presidenta Dilma que vete o Projeto de Lei. Posicionamento da CONTAG “O anúncio da presidenta dialoga muito com o que a CONTAG vem discutindo ao longo dos tempos, e mais recentemente com a opinião que a Confederação deu em nota pública”, analisa o secretário de Políticas Públicas da CONTAG, José Wilson Souza, em comentário sobre alguns dos anúncios. “Sobre a interiorização dos profissionais da saúde, somos favoráveis e é uma demanda nossa. Para isso acontecer é preciso uma política de incentivo de profissionais da área. Somos favoráveis também a contratação de profissionais de saúde formados no exterior, desde que esses profissionais estejam preparados e qualificados, e tenham condição para trabalhar”, completa. Os recursos e a gestão também são questões de grande importância, como diz José Wilson: “É preciso ter garantia de mais recursos, por isso a CONTAG faz a campanha do Saúde Mais 10, para que o governo possa garantir 10% da receita bruta da união para financiar a saúde pública no Brasil. E precisamos cuidar da gestão, pois o problema da saúde não é somente falta de dinheiro, mas também falta de gestão. É preciso ter garantia de mais recursos, por isso a CONTAG faz a campanha do Saúde Mais 10, para que o governo possa garantir 10% da receita bruta da união para financiar a saúde publica no Brasil. Nós precisamos cuidar da gestão, pois o problema da saúde não é somente falta de dinheiro, mas também falta de gestão. Outro ponto é a necessidade de melhoraria dos instrumentos de controle social e de auditoria, pois os conselhos dos municípios não fazem, pois são engessados pela política local.Pedimos também mais eficiência das auditorias. Sabemos que isso tudo não se resolve a curto ou médio prazo somente com a contratação de profissionais, por isso questionamos a flexibilização o acesso às universidades para os trabalhadores(as) rurais em formação de áreas de interesse, tanto para área médica quanto para engenharias e outras áreas de conhecimento”, completa. FONTE: Conselho Nacional de Saúde - Ayana Figueiredo e Assessoria de Comunicação da CONTAG