As atividades do Grito da Terra Brasil continuam nesta quarta-feira (14) em Brasília. No início da manhã, após uma rodada de informes gerais sobre as negociações da pauta de reivindicações, Contag, Fetags e os trabalhadores e trabalhadoras rurais iniciaram uma marcha pela Esplanada dos Ministérios.
Está programada uma manifestação em frente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O protesto simbolizará a luta contra o atual modelo de desenvolvimento rural brasileiro. Em uma bandeira preta que será estendida em frente ao ministério, o movimento sindical pede igualdade de oportunidades entre a agricultura familiar e o agronegócio.
Representantes das Fetags e o secretário de Política Agrária e Meio Ambiente da Contag, Paulo Caralo, têm reunião, às 9h, com a Ouvidoria do Ministério da Justiça para discutir quais medidas serão tomadas em relação à segurança dos líderes sindicais do campo que estão jurados de morte pelo País afora.
Às 11h30, a audiência será no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Participam o vice-presidente da Contag, Alberto Broch, e diretores das Fetags. O objetivo é discutir a morosidade do Judiciário em relação à desapropriação de terras para a reforma agrária e a punição de criminosos no meio rural. Para se ter uma idéia, desde 2003 há cerca de 150 mandados de segurança sobre desapropriação já com parecer favorável, apenas à espera da decisão final da Justiça.
À tarde, o tema também será tratado em encontro no Supremo Tribunal Federal (STF). Uma delegação do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) será recebida pelo gabinete do ministro Gilmar Mendes, presidente deste órgão.
Ainda pela manhã, as negociações do GTB prosseguem no Ministério da Saúde, desta vez. A equipe do ministro José Gomes Temporão recebe a secretária de Políticas Sociais da Confederação, Alessandra Lunas, e outros dirigentes do MSTTR. A Contag quer o comprometimento do governo federal com políticas públicas de saúde para o campo. FONTE: Pedro Henrique Barreto