Nova Pádua sedia, em 17 de junho, a 11ª Jornada Vitícola, evento destinado aos viticultores, que tem como tema Sistema de produção e certificação para melhoria da qualidade e valorização da uva. Segundo Olir Schiavenin, presidente do STR de Flores da Cunha e Nova Pádua e coordenador da Comissão Interestadual da Uva, esse é o maior evento dos produtores de uva e objetiva a troca de experiências e informações, propiciando que o produtor se atualize dos projetos que o setor vitivinícola está desenvolvendo. Schiavenin conta que na jornada será apresentada a agenda estratégica do setor vitivinícola, que contempla 13 pontos, os quais serão trabalhados de forma conjunta com todas as entidades da cadeia, entre elas a Câmara Setorial, Instituto Brasileiro do Vinho, Comissão da Uva, Federação das Cooperativas e Associação dos Vinicultores e dos Viticultores. Ele diz que, dessa forma, produtor e indústria falam a mesma linguagem e agem em sintonia. A agenda contempla assuntos como o preço mínimo da uva, o custo de produção, a assistência técnica, a extensão rural, a pesquisa de novas variedades, o crédito agrícola, o seguro-agrícola, a fiscalização, as relações internacionais e assim por diante. O evento terá a participação de pesquisadores da Embrapa, que atuam na área de rastreabilidade do produto, porque as discussões deste ano passam, de acordo com Olir, pelas boas práticas, como a questão dos resíduos de agrotóxicos no vinho e no suco de uva, a APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Será apresentada, também, palestra com tema que trata das estratégias para produção integrada de uva para processamento. Ele alerta que Anvisa, Ministério da Agricultura e Inmetro analisam o produto para ver se o índice de agrotóxico não está acima do permitido. E diz que isso atende à demanda do mercado, que tem um consumidor cada vez mais exigente, que quer produtos limpos, orgânicos e que preservam a saúde. O dirigente afirma que os produtores precisam se conscientizar disso. A jornada ainda trará, conforme Schiavenin, a experiência da produção das uvas protegidas. O tema terá palestrante da Secretaria de Agricultura de Caxias do Sul, que vai falar sobre Parreiral de Uva de Mesa com Cobertura. Olir conta que este sistema recebe menos agrotóxico e os poucos produtores, que sequer chegam nem a 2%, ou seja, são 40 ou 50 propriedades num total de 15 a 20 mil, recebem três a quatro vezes mais por esta uva do que por aquela produzida na forma tradicional. Também haverá painel sobre O Plano de Desenvolvimento do Agronegócio do Corede Serra, A Importância do Setor Vitivinícola no Agronegócio, de que forma ele se insere dentro do planejamento do agronegócio como um todo na região serrana que, apesar de ter leite, gado e campo, tem a uva como principal produto. FONTE: Comunicação da Fetag-RS