Cerca de 450 produtores de alho de seis estados participam amanhã (23) do 28° Encontro Nacional dos Produtores de Alho, a partir das 13h, no Salão Centenário, em Ipê. O evento vai privilegiar temas como mercado, novas tecnologias e custo de produção. O presidente da Associação Gaúcha e Nacional de Produtores de Alho, Olir Schiavenin, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e Nova Pádua, garante que será uma ótima oportunidade para reunir produtores, trocar ideias, informações, divulgar novas técnicas e dados de produção, além da perspectiva de mercado, mostrar tendências de comercialização e preços da próxima safra.
No Brasil são cultivados 8 mil hectares, sendo 5mil na Região Centro-Oeste e 3 mil na Região Sul. A produção está em 120 milhões de quilos e o consumo é superior a 220 milhões de quilos, o que representa um consumo per capita de 1,1kg. “Suprimos apenas 1/3 da demanda, sendo que o restante vem da República Popular da China, com 70% das importações, seguido da Argentina e Espanha”, conta Schiavenin.
A China, maior produtor mundial, tem mais de 700 mil hectares plantados, com um regime trabalhista bastante diferente do brasileiro, que joga o custo de produção para baixo. Por aqui, custo gira em torno de R$ 3,50 a R$ 4,00, dependendo do tipo de mão de obra, da produtividade e de uma série de outros fatores. Já o preço final do alho chinês é colocado no mercado nacional, praticamente, nesse patamar de valores. “Para o alho brasileiro competir com o importado são necessários colocar em prática alguns mecanismos, como a taxa antidumping, que hoje é de US$ 7,2, bem como a manutenção do alho na Lista de Exceções da Tarifa Externa Comum – Letec”, completa. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS