A sociedade ainda espera a punição dos culpados pela morte de quatro funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego, executados há 3 anos em Unaí, Minas Gerais. Eles realizavam uma fiscalização rural de rotina, onde havia suspeita de trabalho escravo. As investigações da Polícia Federal foram encerradas seis meses após o crime e apontaram nove envolvidos. Nenhum foi punido. Os fazendeiros Norberto e Antério Mânica, que são acusados de ser os mandantes do crime, chegaram a ser presos mas hoje respondem o processo em liberdade.Para o secretário de Assalariados e Assalariadas da Contag, Antônio Lucas Filho, casos como esse demonstram a permanência da exploração da terra e do trabalhador no Brasil. ?A gente lamenta a demora da Justiça e os culpados continuam impunes. Esperamos que agora em 2007 esse pessoal seja levado a júri popular e que seja punido pelos crimes que cometeu?, disse.A violência no campo continua. Trabalhadores e trabalhadoras sofrem constantes agressões e ameaças de morte no Estado do Pará. A Contag entrou em contato com o movimento sindical do estado para que os ameaçados e agredidos entrem num programa de proteção a vítimas de violência.