Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
VIOLÊNCIA NO CAMPO
Grupo formado por sociedade civil e órgãos públicos denuncia aumento da violência no campo e descaso do Estado
WhatsApp

10 de Maio de 2017

TEMAS RELACIONADOS:
violência no campo

Na última segunda-feira (8), o Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) realizou reunião emergencial em Brasília, com a participação de representantes da sociedade civil e de órgãos públicos com atuação em direitos humanos e conflitos no campo, com o objetivo de discutir propostas de ação conjunta para o enfrentamento à crescente violência no campo no Brasil.

De acordo com o presidente do CNDH, Darci Frigo, o Brasil vive um momento de acirramento e generalização da violência no campo. “Há uma omissão ou conivência do próprio Estado, principalmente do Executivo, mas também do Legislativo e de setores bem significativos do Judiciário, que não respondem mais e estão incitando direta e indiretamente essa violência. É preciso uma reação conjunta para enfrentar a situação de violência e de ameaças que estão acontecendo no campo”, declara Frigo.

Para Nicinha Porto, assessora de política agrária da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), “o latifúndio e as organizações do agronegócio que estão no centro da disputa pela terra parecem se sentir autorizados a acirrar o conflito contra trabalhadores rurais, indígenas e quilombolas”.

Isso ocorre, segundo a assessora, por conta da omissão ou ação parcial do Estado, e da quantidade de instrumentos legislativos que favorecem os interesses dos ruralistas. “A ação do Estado, ao que nos parece, está autorizando simbolicamente esses eventos. Isso nos preocupa muito, porque a violência é histórica no processo de luta pela terra”, observa, reforçando que o grupo deve pensar alternativas para combater as violências no campo e assegurar a punição dos responsáveis.

Na reunião, foram relatadas violações graves que ocorreram recentemente, como o ataque aos índios Gamela, no Maranhão, e o assassinato de 9 trabalhadores rurais em Colniza, no Mato Grosso, ambos em abril.

A representante do Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, Luciana Pivato, informou que o grupo está sistematizando as violações, especialmente assassinatos, casos de criminalização e de ameaças. “Já foram 23 mortes neste ano, o que representa o dobro dos assassinatos do ano passado para o mesmo período. Já no ano passado, foi contabilizado pela CPT o dobro de casos de assassinato em relação à média dos últimos 10 anos: de 2005 a 2015, eram em torno de 30 mortes. No ano passado foram quase 70”, alerta.

Jeane Bellini, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), confirma o aumento de mortes e relata que um fazendeiro no Mato Grosso agride uma comunidade indígena há anos. “Já tem mais de 300 boletins e nenhum inquérito, o que deixa a população indígena desamparada no aspecto de segurança”, conta Bellini, exemplificando o descaso do Estado em relação à violência contra comunidades indígenas.

Ato público de denúncia

Os participantes encaminharam a criação de um grupo executivo para a realização de ato público conjunto com o objetivo de denunciar o aumento da violência no campo contra indígenas, quilombolas, ativistas da luta pela terra e defensores e defensoras de direitos humanos e o descaso do Estado em relação ao acirramento dessas violações. Algumas propostas, como tomar medidas mais rápidas e fazer as denúncias em nível internacional também foram expostas durante os encaminhamentos.

Participaram da reunião representantes das seguintes organizações da sociedade civil: Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Plataforma de Direitos Humanos Dhesca, Comitê Brasileiro de Defensoras e Defensores de Direitos Humanos, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH), Terra de Direitos e Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem terra (MST). Do poder público estavam a Procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, e representantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, da 6ª Câmara da Procuradoria Geral da República (PGR), da Defensoria Pública da União (DPU) e da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH). A reunião também contou com representação do escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil. FONTE: Assessoria de Comunicação Social do CNDH



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico