Avaliar as ações desenvolvidas pelo governo para o fortalecimento da agricultura familiar e discutir com irrigantes a introdução do girassol como oleaginosa para a produção de biodiesel. Com esse objetivo, o secretário de Desenvolvimento e Integração Regional, Edmon Lucas, acompanhado de representantes da Petrobras, da Superintendência do Banco do Brasil, e de técnicos da CAR e da EBDA, esteve durante todo o dia, visitando o Projeto de Irrigação de Campinhos, no município de Tucano, a 256 quilômetros de Salvador.
Segundo Edmon Lucas, por se tratar de um projeto de irrigação, a planta poderá ser cultivada no local a qualquer época. "Queremos saber se eles, aqui, têm interesse neste plantio. Para o agricultor, o aspecto positivo é que a Petrobras, além de fornecer gratuitamente sementes de qualidade e a assistência técnica, com o apoio da EBDA, se empenhará em toda a logística, sobretudo, num preço mínimo justo. Isso com o contrato firmado da aquisição de toda a produção, o que dá uma segurança muito grande", disse.
O secretário também ressaltou que a Sedir, a CAR, a EBDA e a Seagri, através de seu departamento de irrigação, têm feito um acompanhamento detalhado e criterioso do Projeto de Irrigação de Campinhos, por se tratar de uma iniciativa muito significativa, sendo imprescindível identificar possíveis equívocos, para que sejam logo corrigidos. "Temos acompanhado todas as etapas do projeto, cujos produtos já cultivados, hoje, são a abóbora e o milho. No momento, temos procurado colaborar na comercialização desses produtos".
Para o secretário, o projeto representará um modelo a ser implantado em outros municípios baianos, onde haverá projetos semelhantes de assentamento. Ele disse que tem a convicção que o projeto alcançará muito sucesso no futuro, já que a área, onde está localizado, possui todas as condições para se produzir bem. "Queremos que os agricultores possam vir a ser, no futuro, produtores de sementes qualificadas para a venda a outros produtores. Isso, não só vai melhorar, significativamente, o valor da produção deles, como, evidentemente, vai remunerar essas famílias com muito mais recursos".
Edmon Lucas assinalou ainda que todo esse processo vai acontecer, mas mantendo a visão de que os agricultores não deixarão de plantar os produtos de subsistência deles, a exemplo do milho, feijão, abóbora, melancia, e tudo que produzem normalmente. "Isso é mais um acréscimo das possibilidades de ampliação do ganho desses assentados nessa região. Estamos também discutindo outras possibilidades com a Seagri para que possamos fazer com que eles venham a criar, produzir, vender, mas, sobretudo, se alimentar, por exemplo, com galinhas, já que todas as casas tem 0,5 hectare de fundo de quintal para ser utilizado".
Estão também sendo lançados, de acordo com o secretário, os editais para a construção de um galpão, onde serão guardadas as mercadorias e os produtos das safras, além de uma portaria na entrada do projeto, um centro de informática e um posto de saúde. FONTE: Tribuna da Bahia