A FETAG-RS decidiu inovar e realizará de forma descentralizada o seu Congresso Estadual. Em sua décima primeira edição, serão realizadas 23 Plenárias Regionais, no interior do Estado, de 3 a 26 de abril, envolvendo todas as 23 Regionais Sindicais. As Regionais Sindicais Camaquã e Vale do Rio Sinos Serra abrem a programação das plenárias.
Nos dias 29 e 30 de maio acontecem a plenária final e a própria Assembleia Extraordinária, quando serão deliberados os itens que necessitam de alteração estatutária. Ambas acontecem no auditório da FETAG, em Porto Alegre.
O vice-presidente da FETAG-RS, Nestor Bonfanti, participou do Programa A Voz da FETAG-RS e revelou alguns pontos importantes do Congresso, inclusive os motivos de sua descentralização.
Vamos à entrevista:
A VOZ DA FETAG-RS – O que significa mudar a sistemática e descentralizar os Congressos Estaduais da FETAG-RS?
Nestor Bonfanti – Que se pode chegar mais próximo às bases, nos sindicatos e nos agricultores. O formato das plenárias por regional facilitará a participação das lideranças, com deslocamentos menores, além de questões culturais similares. Enfim, tudo isso, sem dúvida, facilitará as atividades.
A VOZ DA FETAG-RS – Embora a descentralização, envolvendo todas as 23 Regionais Sindicais, a proposta do congresso é ser “voltado para dentro do movimento sindical”. O que isso quer dizer?
Bonfanti – Na verdade, nos congressos, em geral, se discutem as questões internas do movimento sindical, como a sua estruturação. O tempo passa e com ele vem a modernização, fato que nos leva a adequação de novas realidades. Provavelmente, assuntos que se discutiam em congressos anteriores já estejam ultrapassados, com propostas hoje inviáveis. Portanto, essa definição de descentralizar ajuda bastante para que as pessoas da base entendam de que maneira funciona a estrutura do movimento sindical, seja na regional, no STR, nas macro (onde existem), bem como na própria Federação e CONTAG. Muitas vezes, as lideranças estão mais envolvidas com as discussões que envolvem o dia a dia do movimento, isto é, pautas, reivindicações, cobranças, entre outras. Assim, nós acabamos, muitas vezes, deixando de lado a modernização de nossa estrutura sindical. Do jeito que estamos hoje, ainda é viável o movimento sindical? Essa é uma das respostas que vamos discutir nas plenárias regionais.
A VOZ DA FETAG-RS – A Organização Sindical e o Desenvolvimento Rural são os dois principais eixos do XI Congresso. O que pode ser adiantado nesses dois pontos?
Bonfanti – No passado havia nove regionais sindicais, enquanto que hoje são 23. As Macro Regionais não existiam e hoje já são duas. Como é escolhida a direção da FETAG-RS atualmente e como poderá ser no futuro próximo. Todas essas questões internas nós somos obrigados a discutir para se readequar aos novos tempos. Se fala muito, hoje em dia, da necessidade de se ter renda na propriedade. Para tanto, temos que debater o modelo de produção da agricultura familiar e aí acredito que poderemos avançar muito neste debate.
A VOZ DA FETAG-RS – E para finalizar, qual a expectativa da direção com as plenárias regionais e logo em seguida plenária final em 29 de maio e no dia seguinte com a Assembleia Extraordinária, quando serão deliberados os itens que necessitam de alteração estatutária?
Bonfanti – A nossa expectativa é de que deverá participar quatro integrantes por STR, entre eles jovens, mulheres, homens e terceira idade. Como o Congresso da FETAG-RS é deliberativo, vamos colocar em votação na assembleia todas as propostas de alterações, que poderão ser aprovadas ou rejeitadas. Então, me parece que foi muito bem pensado com a diretoria e assessoria no sentido de ir aperfeiçoando o nosso Congresso, além de definir qual o modelo viável nos tempos atuais. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS - Luiz Boaz