A Comissão Estadual do Arroz da Fetag-RS esteve reunida hoje (10), na sede da Federação, para tratar dos graves problemas que enfrentam os produtores, em especial a comercialização, o endividamento e o Mercosul. Embora o preço mínimo oficial do saco de 50kg seja R$ 25,80, os agricultores têm recebido, de acordo com a Emater, valores médios na faixa de R$ 19,13. Em alguns casos no RS, diz Márcio Langer, assessor de Política Agrícola da Fetag-RS, o preço recebido fica abaixo de R$ 14,00.
O custo de produção, segundo a Conab, é de R$ 27,56 ou R$ 29,00 pelo Irga. Diante das dificuldades, a Comissão decidiu apoiar uma assembleia de produtores nos dias 17, 18 e 19 de maio no Porto Seco, em Uruguaiana. Na mesma semana acontece a 17ª edição do Grito da Terra Brasil, em Brasília, onde a Fetag estará com uma comitiva de 500 pessoas e o arroz está na pauta.
O vice-presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, lembra que o setor arrozeiro do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina atravessa dificuldades e os agricultores, ao lado de suas entidades representativas, vêm de longa data trabalhando para minimizar os prejuízos. “Foram diversos pleitos junto aos governos federal e estadual, mas de concreto, até o momento, muito pouco foi atendido devido a uma série de entraves burocráticos”, justifica.
Outro fator agravante, destaca Joel, é o Mercosul e as suas disparidades na relação comercial que, na maioria das vezes, traz prejuízos aos produtores pela diferença nos custos de produção. “E isto não ocorre apenas com o arroz, mas também com o leite, o trigo, entre outros produtos”, completa. FONTE: Comunicação da Fetag-RS