O presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, disse hoje (24) que a entidade apoiará a retomada da greve dos caminhoneiros, que voltaram a promover manifestações e bloqueios em trechos das estradas brasileiras, caso os organizadores do movimento, desta vez, permitirem o transporte de cargas vivas, leite, rações e insumos para aves e suínos.
O dirigente destacou que a FETAG-RS entende as reivindicações dos caminhoneiros, porém lembra que o setor agrícola sofreu diretamente com a paralisação dos motoristas realizada em março. Além disso, o RS foi um dos Estados mais afetados. “Entendemos a pauta deles, mas eles têm que entender que o nosso produto em grande parte é perecível. Por isso os bloqueios causam prejuízos ao produtor, que é parceiro deles", explicou.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), representante dos caminhoneiros, voltou a exigir a criação de uma tabela de preço mínimo para o frete. Como não houve acordo com o governo, eles reiniciaram os atos de protesto. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, repetiu ontem, que essa proposta de tabela impositiva não teria respaldo legal, sendo, portanto, inconstitucional. Além disso, segundo ele, essa tabela teria enorme dificuldade de ser operada devido à grande variedade de características dos caminhões e da carga transportada no País.
“Para buscar os direitos deles (dos caminhoneiros), não podem prejudicar os colegas que produzem a matéria-prima que eles carregam no dia a dia", explicou Joel. De acordo com o presidente, dependendo da evolução dos protestos, a entidade procurará os líderes das manifestações para negociar a situação do transporte de mercadorias agrícolas. "Se for trancado tudo para trazer prejuízo aos agricultores, não apoiaremos a causa", completou. FONTE: Assessoria de Comunicação FETAG-RS