Os trabalhadores e trabalhadoras rurais de Alagoas estão reunidos para discutir os rumos do movimento sindical do campo e escolher os delegados(as) do estado para a 3ª Plenária Nacional da Contag, que acontecerá em outubro desse ano. A plenária estadual foi iniciada nesta terça-feira (9) e acontecerá até a quarta-feira (10), no Centro Social da Fetag-AL. Segundo o presidente da federação, Genivaldo Oliveira da Silva, até a metade da manhã já estavam inscritos mais de 180 delegados(as) de todo o estado. Mas, a previsão do dirigente é que lideranças de municípios mais distantes cheguem até o início da tarde e o público alcance um total de 200 pessoas. Na parte da tarde desse primeiro dia do evento, os participantes estarão divididos em grupo para discutir as propostas do caderno de debates. Já para o último dia, consta na programação a apresentação dos grupos no plenário; a leitura do regimento interno da 3ª Plenária Nacional; a escolha dos delegados e delegadas titulares e suplentes; e informes gerais. O secretário nacional da Terceira Idade da Contag, Natalino Cassaro, participou da abertura da plenária e prometeu ficar até o encerramento nesta quarta-feira. O dirigente também comemorou a notícia que foi dada no início do evento. “A gratuidade do transporte para o idoso foi aprovada na Assembleia Legislativa, virou lei. Agora, só falta a sanção do governador”, vibrou Cassaro. Já o presidente da Fetag-AL informou que a entidade possui 100 STTRs filiados e que a cota de participação na plenária nacional é de 15%. Então, serão escolhidos 15 delegados(as), que irão à Luziânia (GO) com os dez diretores efetivos da federação e mais dois assessores. O dirigente afirmou que há um interesse da categoria trabalhadora rural alagoana que se discuta, em âmbito nacional, o cenário internacional e o que a atual crise pode ajudar ou prejudicar o conjunto dos trabalhadores. Além disso, que se debata a política brasileira, a questão da reforma agrária, da agricultura familiar e, também, o sindicalismo. “Esse assunto está mexendo bastante com a gente, principalmente, os absurdos que têm acontecido no Ministério do Trabalho, com o registro de sindicatos sem representação nenhuma”, denuncia. Para Genivaldo, o MSTTR deve discutir esse tema e tomar uma posição contra a ação de oportunistas que querem desestabilizar a base sindical já constituída há dezenas de anos. Por isso, o presidente acredita que sairão propostas não só para a Plenária Nacional, mas também para o 11º Congresso da Contag. Ele disse, ainda, que se faz necessária uma discussão profunda sobre a questão dos assalariados(as) rurais. “Nós precisamos que o movimento sindical tome uma posição firme sobre a mecanização, principalmente, do setor canavieiro que é muito forte aqui no nosso estado. Nós precisamos encontrar políticas para ajudar esses milhares de trabalhadores.” Segundo Genivaldo, cada máquina utilizada nas usinas desemprega em torno de 200 pessoas. FONTE: Agência Contag de Notícias - Verônica Tozzi