Os impactos causados no meio rural pelo excesso de chuvas ocorridas nos municípios do Vale do Itajaí e do litoral catarinense foram discutidos nesta segunda-feira (1°). Representantes do governo estadual, do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e de entidades financeiras se reuniram com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Santa Catarina (Fetaesc). O encontro ocorreu em Florianópolis (SC) e traçou estratégias para serem implantadas nos municípios atingidos.
De acordo com o presidente da Fetaesc, Hilário Gottselig, as culturas de horticultura, feijão, fumo, arroz e leite foram as mais atingidas pelas enchentes no mês de novembro. As perdas foram de 80% das atividades do meio rural. "A situação é de calamidade pública no estado, podendo ser dividida em três níveis: os agricultores que perderam 100% da propriedade rural; aqueles que perderam toda a plantação da lavoura; e os que perderam as casas onde moravam".
Ainda nesta semana, entidades municipais realizam um levantamento em cada município atingido para avaliar as perdas geradas pelo excesso de chuvas. "Será aplicado um questionário que será identificará em cada município os estragos que foram feitos pelas enchentes", explica o presidente da Federação.
No dia 09 de dezembro, representantes da Fetaesc, Contag, entidades sindicais e governo do estado devem participar de audiências nos Ministérios de Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome e no Banco do Brasil, em Brasília. A idéia é elaborar um plano emergencial para os agricultores familiares e produtores que foram atingidos pelas enchentes. Até o momento, ainda não se sabe o número de agricultores atingidos.
Plano de ação - Entre a pauta de reivindicações entregue às autoridades locais estão: anistia das dívidas de custeio da safra atual aos agricultores familiares atingidos pelas chuvas e refinanciamento das lavouras; linha de crédito especial a fundo perdido no valor de R$ 2,5 mil; recursos de crédito emergencial adicional para a reestruturação de suas propriedades no valor de até R$ 100 mil no prazo de 10 anos. Também estão previstos através do Fundo de Desenvolvimento Rural um valor mínimo de R$ 1 mil por agricultor e produtor de leite para a recomposição das pastagens e forrageiras necessárias à manutenção do setor leiteiro. Veja aqui todas aspropostas. FONTE: Andréa Póvoas, Agência Contag de Notícias