O assessor de Política Agrícola da Fetag-RS, Airton Hochscheid, que está em Punta del Este, no Uruguai, participando da COP-4, disse que a falta de consenso hoje (18) entre os países presentes na Conferência, sobre alguns temas, entre os quais os artigos 9 e 10, que interessam diretamente ao setor produtivo, tem ocasionado atraso nas atividades. Neste sentido, foi criado um Grupo de Trabalho para consensuar as propostas dos diferentes países e apresentar ao plenário uma sugestão de texto a ser votado. Países como China e do continente africano têm sido contrários à implementação destes artigos, uma vez os estudos sobre os efeitos da inclusão de aditivos na fabricação de cigarros precisam ser aprofundados. Por outro lado, o Uruguai e, principalmente, a União Européia são favoráveis à votação das recomendações da forma como foram apresentados. Na opinião Hochscheid, a expectativa dos representantes dos produtores brasileiros é de que a falta de consenso possa protelar a implementação destes artigos até a COP-5, que se realizará em 2012 em Seul, na Coréia do Sul. Ao mesmo tempo, o chefe da delegação brasileira, embaixador José Carlos Souza Gomes, durante reunião de toda a delegação, inclusive com a participação dos representantes dos produtores – Fetag-RS e Afubra – reiterou a posição de que cada país precisa ter o direito de regulamentar e legislar sobre o assunto, uma vez que há países produtores de tabaco, enquanto outros são apenas consumidores. Gomes disse que o governo brasileiro não tem intenção de ampliar as restrições em relação à produção, enquanto não houver alternativas economicamente viáveis. Segundo o embaixador, o governo está ciente do problema e da dimensão social que envolve toda a cadeia fumageira. FONTE: Comunicação da Fetag-RS